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Pesquisadora descobre que fruto amazônico pode substituir óleo de Palma e aliviar desmatamento de florestas

O consumo excessivo do óleo de Palma tem causado destruição de florestas tropicais e sua substituição representa um avanço na sustentabilidade

Tucumã pode substituir óleo de palma, segundo pesquisadora brasileira – Reprodução/ Flickr/ Willis S.a Studios

Quem costuma consumir óleo vegetal, muitas vezes não lê os rótulos deste produto e não se dá conta que está consumindo o óleo de Palma. Este óleo é muito utilizado pela indústria, mas está cada vez mais associado à problemas de saúde e ambientais.

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Embora o óleo de Palma seja uma opção de óleo de baixo custo, esta espécie de cacto comestível — popular nas regiões norte e nordeste do Brasil e em países como Indonésia e Malásia — é um vilão do meio ambiente porque para produzi-lo é necessário desmatar florestas e ameaçar espécies de animais que habitam nestas áreas desmatadas.

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Seu consumo excessivo tem provocado a destruição de grandes áreas de floresta tropicais no país, no entanto, uma pesquisadora brasileira descobriu um excelente substituto para o óleo de Palma, que pode ser encontrado na Amazônia e pode salvar florestas tropicais e animais, especialmente populações de orangotangos pelo mundo. 

Tucumã pode substituir óleo de Palma

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A pesquisadora Maria Fernanda dos Santos Mota, doutoranda da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), descobriu no Tucumã, um fruto amazônico, a oportunidade de substituir o danoso óleo de Palma, também conhecido como azeite de dendê. 

“O óleo de tucumã é produzido por cooperativas de pequenas famílias no Pará de forma artesanal e costuma ser usado em cosméticos. Mas ele poderá ser também uma opção para a indústria de alimentos”, disse ela durante a apresentação de sua pesquisa na conferência ‘Amanhãs Desejáveis’.

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A pesquisadora explicou que ‘em uma determinada temperatura, esse óleo (de tucumã) fraciona, formando uma fração mais líquida, que a gente chama de oleína, e uma fração mais sólida denominada estearina’: “Descobri que é possível fracioná-lo em uma cadeia parecida com a do óleo de palma. Este é um primeiro passo para que novas pesquisas mostrem como utilizá-lo em comidas industrializadas. Na UFRJ, já se investiga como chegar a um biscoito”. 

 

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