Na negativa do embarque a Companhia Aérea TAP alegou que ele poderia colocar em risco a segurança do voo. Cachorros que desempenham este tipo de suporte são selecionados pelo temperamento equilibrado, aprendem a agir com disciplina e obediência, mesmo em ambientes agitados. Bem diferente de muitos seres humanos.
Um caso envolvendo um cão de suporte de uma criança autista e a companhia aérea TAP chamou a atenção da imprensa e repercutiu nas redes sociais. Trata-se de Teddy, cachorro que auxilia Alice, uma menina autista de 12 anos. Primeiro, não deixaram que ele embarcasse na cabine, somente junto às bagagens, no porão da aeronave. Os tutores voltaram sem conseguir que ele embarcasse de uma forma digna. Em seguida, a família conseguiu da 5ª Vara Civil de Niterói, no Rio de Janeiro,uma liminar determinando que a TAP transportasse Teddy na cabine. Finalmente, após três tentativas, ele embarcou para Lisboa pelo Galeão ao lado do treinador Ricardo Cazarotte e com Hayanne Porto, irmã de Alice.
“Estamos com os bilhetes, estamos a caminho de Lisboa, para levar o Teddy para a Alice. Eu agradeço de coração toda a ajuda que a gente teve desde sábado, num contexto de muita dor, muito estresse, e fica satisfeita que, nesse momento, a gente conseguiu solucionar essa questão. Mas a gente não pode deixar um direito ser violado”, disse Hayanne.
O animal recebeu treinamento por mais de um ano para prevenir crises emocionais graves em Alice. Segundo a família relatou ao G1, Teddy é fundamental para garantir o bem-estar da menina, que está em Portugal desde abril devido a uma oportunidade profissional do pai, que é médico. Nestes quase 2 meses longe do labrador, Alice já passou por episódios de desregulação emocional.
