Publicidade
O que houve com a couve? – Shutterstock

A couve-manteiga, protagonista da maioria dos sucos verdes, passou por uma saia justa recentemente. Uma colunista do jornal Th e New York Times afirmou que a verdura estaria mexendo com a tireoide dela. E quem diria? Consumida em excesso, a folha pode mesmo interferir na produção do hormônio tireoidiano e levar ao hipotireoidismo (baixa na produção). Tendência para engordar, pele seca, queda de cabelo e cansaço são alguns dos principais sintomas. “A couve contém tiocianato, que pode inibir o funcionamento da glândula tireoide. Portanto , deve ser ingerida com parcimônia. Tem gente bebendo 1 litro desse suco por dia, na tentativa de limpar o organismo, o famoso detox. Isto é um exagero”, afirma Laura Ward, membro da Comissão de Desreguladores Endócrinos da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM). Para ela, o bom senso determina no máximo três copos de suco verde por semana.

Publicidade
O iodo, um dos nutrientes que a couve esbanja, deve ser consumido com cuidado, especialmente por quem já tem problemas conhecidos na tireoide. “A síntese dos hormônios dessa glândula depende diretamente da ingestão do iodo. Por isso, quem tem hipotireoidismo ou quem tem hipertireoidismo deve tomar cuidado com o excesso de alimentos muito ricos nesse mineral”, explica Flavia Junqueira, médica endocrinologista e metabologista, do Rio de Janeiro. É o caso da couve, da couve-de-bruxelas, do brócolis e do repolho. Entretanto, Flavia lembra que a verdura não chega a ser exatamente uma vilã. Ela é rica em fibras, além de ser fonte de ferro, cálcio, vitamina C e antioxidantes. Sem contar que é pouco calórica e pode ser degustada também em saladas, cortada bem fi ninha. “O que vale é o equilíbrio: sem exageros, e deixando de lado os modismos, a couve nos traz muitos benefícios”, lembra a médica.