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Anda muito estressado por conta de dores de cabeça? Estudo descobre possível solução do problema

Crises constantes de enxaqueca também podem alimentar o estresse, que é um dos principais gatilhos da dor de cabeça. Minimamente invasiva, cirurgia pode dar fim ao problema

Anda muito estressado por conta de dores de cabeça? Estudo descobre possível solução do problema – Pexels

Você sabia que o estresse é um dos maiores gatilhos para dores de cabeça intensas? Crises de enxaquecas podem durar até 72 horas, aparecer em mais de 15 dias em um mês. Os sintomas variam entre dor intensa e pulsátil em um dos dois lados da cabeça, náuseas, vômitos e sensibilidade à luz e ao som.

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Segundo dados, a doença crônica afeta cerca de 15% da população brasileira, sendo que a faixa etária dos 20 aos 45 anos é a mais acometida.

Anda muito estressado por conta de dores de cabeça? Estudo descobre possível solução do problema

“Muitas pessoas que já possuem algum tipo de predisposição podem sofrer com crises de enxaqueca maiores em períodos de estresse. Isso porque nosso comportamento, emoções e estado mental influenciam fortemente no aparecimento do problema, já que, durante essas situações de alteração do humor, ocorrem mudanças na liberação das substâncias que o cérebro utiliza para minimizar a dor. Além disso, esse ciclo pode tornar-se vicioso, no qual a própria enxaqueca alimenta o estresse – o que pode fazer com que os sintomas perdurem”, explica o Dr. Paolo Rubez, cirurgião plástico especialista em cirurgia de enxaqueca.

O médico afirma que, para esses casos, é recomendada a cirurgia da enxaqueca. “Pacientes com dores de cabeça crônicas sofrem de dores debilitantes, que frequentemente levam ao uso de vários medicamentos. A cirurgia surgiu como um tratamento eficaz para pacientes com cefaléia refratária”, acrescenta o médico.

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Segundo o geneticista Dr. Marcelo Sady, o ponto principal da enxaqueca é o fato de ser um problema crônico, ou seja, vai e volta com frequência. “Enxaqueca é um transtorno neurológico multifatorial e poligênico associado a fatores ambientais, genéticos, hormonais e, também, alimentares”, afirma. “O controle do estresse é uma forma de diminuir as crises, mas alguns pacientes não conseguem ter esse controle justamente porque há vários gatilhos para a dor de cabeça crônica.”

O médico destaca que a realização de uma cirurgia pode, muitas vezes, colocar um fim definitivo às fortes crises de enxaqueca. 

De acordo com o Dr. Paolo, o procedimento é pouco invasivo e visa descomprimir e liberar os ramos periféricos dos nervos trigêmeo e occipital, que podem sofrer compressões das estruturas ao seu redor, como músculos e vasos sanguíneos, gerando a liberação de substâncias que desencadeiam a inflamação dos nervos e membranas ao redor do cérebro e, consequentemente, favorecem o aparecimento dos sintomas da enxaqueca, como dor intensa, náuseas, vômitos, sensibilidade à luz a ao som.

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“Ao todo, são sete tipos de cirurgias de enxaqueca, pois para cada um dos tipos de dor existe um acesso diferente para tratar os ramos dos nervos, sendo todos nas áreas superficiais da face ou couro cabeludo, ou ainda na cavidade nasal. Mas em todos estes tipos o princípio é o mesmo: descomprimir e liberar os ramos do nervo trigêmeo ou occipital, que são irritados pelas estruturas adjacentes ao longo de seu trajeto.”

A cirurgia para enxaqueca pode ser feita em qualquer paciente que tenha diagnóstico de Migranea (Enxaqueca) feito por um neurologista e que sofra com duas ou mais crises severas de dor por mês que não consigam ser controladas por medicações. Além disso, pacientes que sofrem com efeitos colaterais das medicações para dor, que tenham intolerância a estas medicações ou ainda que têm sua vida pessoal e profissional comprometida devido às dores também podem passar pelo procedimento.

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Para quem sofre com muito estresse por consequência das fortes dores de cabeça, essa é uma opção que pode ser considerada visando o fim do problema.

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Sobre as fontes:
Dr. Paolo Rubez: Cirurgião plástico, membro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, da Sociedade Americana de Cirurgia Plástica (ASPS) e da International Society of Aesthetic Plastic Surgery (ISAPS), Dr. Paolo Rubez é Mestre em Cirurgia Plástica pela Escola Paulista de Medicina da UNIFESP. O médico é especialista em Cirurgia de Enxaqueca pela Case Western University, com o Dr Bahman Guyuron (em Cleveland – EUA) e em Rinoplastia Estética e Reparadora, pela mesma Universidade e pela Escola Paulista de Medicina/UNIFESP.

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Dr. Marcelo Sady: Pós-doutor em genética com foco em genética toxicológica e humana pela UNESP- Botucatu, o Dr. Marcelo Sady possui mais de 20 anos de experiência na área. Speaker, diretor Geral e Consultor Científico da Multigene, empresa especializada em análise genética e exames de genotipagem, o especialista é professor, orientador e palestrante. Autor de diversos artigos e trabalhos científicos publicados em periódicos especializados, o Dr. Marcelo Sady fez parte do Grupo de Pesquisa Toxigenômica e Nutrigenômica da FMB – Botucatu, além de coordenar e ministrar 19 cursos da Multigene nas áreas de genética toxicológica, genômica, biologia molecular, farmacogenômica e nutrigenômica.