Publicidade
Jacinda Arden, primeira-ministra da Nova Zelândia, ganhou reconhecimento por sua ação rápida e eficaz contra o vírus – Getty Images

A Nova Zelândia ficou conhecida como o país que melhor soube administrar a disseminação do coronavírus em território nacional.

Publicidade

Jacinda Arden, primeira-ministra da Nova Zelândia, ganhou reconhecimento por sua ação rápida e eficaz contra o coronavírus, procurando, de fato, combatê-lo, e não simplesmente diminuir a curva. Atualmente, a comunidade científica já afirma que o país eliminou o vírus.

Mas o que o Brasil pode (ou poderia) aprender com isso?

Primeiramente, devemos ressaltar que parte dos números de infectados e óbitos, notoriamente mais baixos que os do nosso país, se devem pela extensão neozelandesa. Pouco maior que o estado de São Paulo, o país conta apenas com 5 milhões de habitantes, contra 209 milhões do Brasil.

Os números, porém, não anulam a eficiência das medidas adotadas pela primeira-ministra. Como primeira lição, desde fevereiro, quando registraram o primeiro caso, as fronteiras e estabelecimentos foram fechados, e o isolamento social adotado. Apenas serviços como os de saúde, lojas de comida, farmácias e postos de gasolina poderiam funcionar. A população era sempre atualizada das informações e tomadas de decisões através de pronunciamentos e lives diárias.

Publicidade

Recentemente, o presidente Jair Bolsonaro declarou como sendo serviços essenciais o de cabeleireiros, manicures e academias de ginástica. Enquanto isso, durante as duas recentes trocas de ministros da saúde, o número de mortos em decorrência do Covid no Brasil cresceu em 666%.

Nesta última quarta-feira, 14, a Nova Zelândia também anunciou a abertura de diversos estabelecimentos, como salões de beleza e academias de ginástica, inclusive, além de shopping centers, lojas, restaurantes, cinemas. Sobre a segunda lição: o governo apenas tomou essa decisão após ter o índice de recuperação de 95% dos pacientes, dentre os 1.149 casos confirmados no país. A nação localizada na Oceania contabilizou o total de 21 óbitos e apenas 2 pacientes internados, uma das taxas mais baixas do planeta.

Por último, deixamos o alerta da primeira-ministra: “Estamos reabrindo a economia, mas não a vida social das pessoas”. O governo segue pedindo que os indivíduos fiquem em casa quando não estiverem trabalhando ou na escola. Novas medidas de relaxamento, se tudo sair como previsto, devem ser anunciadas no dia 11 de maio.

Publicidade