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Com as patas na estrada – Shutterstock

Incluir o animal de estimação em uma viagem é opção cada vez mais comum – não só para evitar o dilema de onde deixá-lo no período mas também para desfrutar de sua companhia durante todo o roteiro. Afinal, família unida tira férias unida. Com um ritmo mais lento, muitas paradas e mais atividades ao ar livre, a experiência de viajar com os cachorros é também mais relaxante e ideal para sair do ritmo urbano.

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 Aliás, há quem só viaje se puder levar o animal. O casal Jackeline Mota e Romulo Elizardo trocou viagens de avião ou destinos mais distantes por roteiros de carro na companhia dos buldogues franceses Maquiavel e Foucault. Autores do blog Viaje Sim!, eles sempre quiseram que os cães fossem amigos de estrada. “Moramos em cidade grande e por isso procuramos destinos em que eles possam ter muito contato com a natureza, como trilhas e cachoeiras”, conta Jackeline.
Para não abrir mão do conforto, hotéis, restaurantes e até paradas na estrada já oferecem espaços “pet friendly” para acomodar tanto os clientes humanos quanto os de quatro patas. A demanda foi percebida por Luciana Moura e Patrícia Faria quando estavam planejando uma viagem ao Rio Grande do Sul em 2013 e tiveram dificuldade de encontrar hotéis que aceitassem a Cocker Spaniel Frida. Com 14 anos e deficiência visual, a cadela precisava de cuidados especiais e iria acompanhá-las no passeio. Para ajudar outros donos na mesma situação, as duas criaram o site Roteiro Animal, e viraram especialistas no assunto. “A viagem com cachorro é mais gostosa, mais lenta, mas você aproveita cada momento, cada parada”, observa Luciana. Jackeline concorda: “Faz muito bem pra eles e pra gente. Quebramos o roteiro e dormimos no meio do caminho. É mais devagar e nos ajuda a relaxar bastante”, aponta ela.
Algumas dicas garantem segurança e tranquilidade nos passeios com os animais fora de casa: vacinas em dia, aplicação de produtos preventivos para pulgas, carrapatos e vermes, assim como atestado de saúde emitido por veterinário. É importante que o animal tenha identificação, com nome e telefone na coleira. Se o cão não está acostumado a percorrer distâncias grandes de carro, é bom criar o hábito com passeios perto de casa antes: sem esquecer de usar cinto ou caixa de transporte apropriada. Planeje as paradas necessárias a cada duas horas em mirantes, restaurantes, e aproveite as pequenas descobertas.
O transporte por avião requer processos burocráticos, e apenas os animais pequenos podem dividir a cabine com o dono. Ou seja, roteiros distantes exigem disposição e pagamento de uma passagem extra. Luciana e Patrícia hoje criam outras duas mascotes especialistas em turismo: Sophia e Dalila, que, para garantir o sossego das donas, estão sempre a tiracolo: “Fico menos preocupada levando-as comigo do que deixando-as em casa”, diz Luciana.