Gentil tem a ver com gente

Belo Horizonte tem muita coisa boa. Tem pão de queijo, montanha, feira de flores e tem o Instituto Mineiro de Arquitetos que criou o prêmio Gentileza Urbana para estimular a melhoria da qualidade de vida na cidade.

Desde 1993, foram premiadas mais de 90 iniciativas gentis: um trompetista, que, ao entardecer, espalha suaves melodias pela vizinhança; as irmãs beneditinas que recuperaram os sinos (e os sons) do mosteiro onde vivem; a senhora que, no Natal, constrói um presépio maravilhoso e abre a casa à vizinhança; um grupo de lixeiros que canta enquanto trabalha; um músico que faz cirandas em praça pública; a pintura do prédio da Santa Casa, um hospital cuja aparência entristecia a cidade; a construtora que aumentou o recuo de um novo edifício para que os pedestres usufruíssem mais espaço na calçada; o projeto Arte no Ônibus, que reproduz pinturas e poesias em cartazes afixados nos transportes públicos. E por aí vai.

A cidade agradece. Melhor dizendo, a vida agradece. Afinal, como disse o filósofo mineiro Moacyr Laterza, gentil tem a ver com gente.

Quer saber mais? Livro Casa Natural, do arquiteto Carlos Solano: [email protected]