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Segunda chance para as árvores

Pelas mãos do designer Hugo França, troncos que seriam descartados viram mobiliário urbano – com ares de esculturas – pela cidade de São Paulo

Segunda chance para as árvores – Reprodução/ Facebook
O Largo da Batata, na zona oeste da capital paulista, ganhou um longilíneo banco de 10 m de comprimento, que também é uma escultura, que, por sua vez, não esconde sua primeira “encarnação” como tronco de um eucalipto anteriormente enraizado no Parque do Ibirapuera. Concebida pelo designer gaúcho Hugo França ao longo de um mês, a obra “Banco da Batata”, de 7 toneladas – um terço do peso da árvore original –, inaugurou o programa Mobiliário Ecológico, coordenado pela Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente (SVMA) da prefeitura de São Paulo. Por meio da iniciativa, árvores derrubadas por temporais ou removidas pela prefeitura viram equipamentos urbanos em áreas comuns da cidade.
Primeiro o poder público identifica as árvores disponíveis e depois define o ponto onde será instalada. Estão previstos 32 bancos para este ano – todos eles levarão a assinatura de França. “O que mais me inspira são as formas das árvores. Interfiro o mínimo possível para que a memória de cada exemplar permaneça.
Cada novo tronco ou raiz é uma nova história”, filosofa o designer, autor de outras 21 peças para São Paulo: duas no Largo do Arouche, no centro, três no Parque Burle Marx, no Morumbi, e 16 no Parque do Ibirapuera. Entretanto, a maior coleção de trabalhos do gaúcho está exposta no Instituto Inhotim, em Brumadinho (MG). Em solo mineiro, 136 criações devolvem vida às árvores e ainda estimulam o convívio humano.
HUGO FRANÇA

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