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Vida sem espuma – Shutterstock
Ao lavar as mãos, os cabelos, os dentes, a louça e a roupa, você tem o hábito de criar bastante espuma como se ela fosse sinônimo de limpeza? Se a sua resposta for positiva, é bom reconsiderar: “Tudo o que gera espuma polui. Quando ela chega aos rios e oceanos causa uma massa branca reduzindo a penetração do oxigênio na água e favorecendo a proliferação de algas vermelhas. Isso compromete a vida do ecossistema aquático”, explica a educadora ambiental Mônica Pilz Borba, de São Paulo. Para piorar o cenário, o crescimento de algas eleva o nível de assoreamento de rios e lagos. Sem contar que, quanto mais sabão, mais água é necessária no enxágue. 
Os desastres ambientais ocorrem, principalmente, porque na composição dos produtos está o fosfato, um mineral tóxico se usado em excesso, para aumentar o volume das bolhas brancas. De acordo com Mônica, a solução é consumir itens de limpeza e higiene com ingredientes de origem vegetal, que são biodegradáveis, ou seja, se desintegram rapidamente depois de eliminados e não produzem espuma. 
“Mas é preciso ficar atento. Embora, alguns estampem no rótulo o selo ‘biodegradável’, eles têm compostos sintéticos, que são tóxicos, como os corantes e conservantes, e não se degradam com facilidade”, explica ela, fundadora do Instituto 5 Elementos – Educação para a Sustentabilidade. 
No segmento de produtos de limpeza para casa, a marca Biowash é uma das mais respeitadas. “A formulação é 100% vegetal, contendo componentes como o coco de babaçu, a mamona, a aloe vera e os óleos essenciais”, diz Becky Weltzien, diretora da empresa. Outra é a Amazon H2O, que faz o controle da espuma dos amaciantes, sabão em pó e outros, apostando também nos itens de origem vegetais. “O que realmente limpa não é a espuma, mas, sim, os ativos, como o óleo de babaçu”, explica Michelle Yoshida, gerente de produtos da Gtex Brasil, fabricante dos produtos da marca. O mesmo vale para xampus, sabonetes e pastas de dente. A Weleda, por exemplo, lançou cremes dentais com ratânia, mirra, calêndula e erva-doce. “Na época dos nossos avós os produtos não eram espumosos e as casas e o corpo estavam sempre limpos”, cutuca Mônica.

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