Quais lições podemos aprender com o conceito peculiar de felicidade pregado pelos Astecas?
O conceito de felicidade pregado pelos astecas séculos atrás ainda gera curiosidade entre filósofos e historiadores

O conceito de felicidade pregado pelos astecas séculos atrás ainda gera curiosidade entre filósofos e historiadores
Quem se lembra das aulas de história na época de escola, provavelmente saberá quem foram as antigas civilizações pré-colombianas – antes da chegada de Cristóvão Colombo – que povoaram a terra séculos atrás. Estes povos antigos carregaram muita peculiaridade e centenas de anos após serem extintos, continuam sendo amplamente estudados mundo afora.
Registros de padres espanhóis que povoaram a região, hieróglifos e as gigantes pirâmides construídas em alguns pontos no México permitiram que filósofos e historiadores pudessem conhecer e estudar com profundidade os valores e a organização social do império Asteca, a maior civilização antiga que dominou a região central e sul do México entre os séculos 15 e 16.
As tradições religiosas, culturais, culinária, arte, arquitetura, valores e organizações sociais são motivos pelos quais os Astecas permanecem sendo estudados nos dias atuais, com destaque para suas filosofias de vida e o conceito de vida plena e felicidade.
Os astecas possuíam filósofos e sofistas que disseminavam educação para ensinar valores profundos sobre a vida, um exemplo disso, é o provérbio asteca conhecido pelo título de “Escorregadia, a terra é indescritível”, que desassocia o conceito de vida boa com felicidade.
Segundo um artigo premiado, escrito em 2016 pelo estudioso Sebastian Purcell, “O que eles [astecas] queriam dizer é que, mesmo se tivermos as melhores intenções, nossa vida na terra é aquela em que as pessoas estão propensas ao erro, sujeitas a falhas em seus objetivos e, provavelmente, a cair”.
Purcell destacou que para a cultura atual, o conceito de felicidade dos astecas pode ser bem diferente do que acreditamos hoje. “Os astecas não acreditavam que houvesse qualquer vínculo conceitual entre levar a melhor vida que pudermos, por um lado, e experimentar prazer ou ‘felicidade’ do outro”, descreveu.
O debate filosófico sobre os valores astecas ainda gera curiosidade e mantém filósofos e estudiosos curiosos, mas Purcell resumiu ao dizer que para estes povos interessantes, “a terra é um lugar onde as alegrias só vêm misturadas com dores e transtornos”.