Cultura japonesa: conheça mais sobre o costume de fazer banquetes após missas de falecimento
Na cultura japonesa, há uma tradição de se reunir com familiares após a missa de sétimo dia de algum parente; conheça mais
Na cultura japonesa, há uma tradição de se reunir com familiares após a missa de sétimo dia de algum parente; conheça mais
Já ouviu alguém dizer que só encontra parente quando algum familiar casa ou morre? Pois bem, na cultura japonesa, também é mais ou menos assim, mas de uma forma diferente. E quem conta todos os detalhes é Noemi Cawabata, descendente de japoneses que cresceu em uma família budista e hoje segue o protestantismo.
Segundo tradições, parentes distantes viajavam por mais de um dia para comparecerem à missa de falecimento do ente querido, sendo assim, havia de ter algo para eles comerem. Além disso, o ritual também era composto por cerimônias a cada 7 dias. Atualmente, são missas de 7º e 49º dias e de 1 (período em que marca o fim do luto pelo falecimento), 7, 13, 17, 23, 27, 33 e 50 anos. Os eventos param de ocorrer a partir do 50º ano, pois acredita-se que o espírito funde com os espíritos de seus ancestrais em outro plano.
“Essa reunião também serve como forma da família, que perdeu um ente querido, agradecer a todos que deram um apoio nos momentos difíceis, enquanto a pessoa que partiu estava enferma. Os familiares do falecido também ganham uma contribuição em dinheiro – ‘oferta para o incenso’ (お香典) no caso dos budistas e ‘oferta para as flores’ (お花代) para os protestantes e outras crenças – que, às vezes, chega a pagar todas as despesas gastas com velório e enterro, que não são pequenas”, conta Cawabata.
As comidas e bebidas (chás, água ou refrigerantes) ficam dispostas em uma mesa gigante onde todos sentam-se, conversam e comem por 30 minutos a 1 hora (tempo permitido pelos templos budistas). Lá também avisam quando serão as próximas missas de falecimento de outras pessoas que já morreram na família.
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