Crianças e jovens ansiosos: Médica explica como reverter este quadro

Diante deste cenário, é preciso que pais e professores compreendam as causas desse fenômeno para buscar soluções eficazes

Crianças e jovens ansiosos
Crianças e jovens ansiosos: o que fazer? – depositphotos.com / 1StunningArt

A ansiedade, que já era considerada o “mal do século”, tem afetado cada vez mais crianças e jovens no Brasil e no mundo. O aumento dos casos de transtornos ansiosos é um alerta para a sociedade. É preciso que pais e professores compreendam as causas desse fenômeno para buscar soluções eficazes. 

Publicidade

O que está deixando crianças e jovens ansiosos?

Diversos fatores contribuem para o aumento da ansiedade entre crianças e jovens. A pressão escolar, as expectativas dos pais, o bullying, o uso excessivo de tecnologia e redes sociais, a instabilidade familiar e social, e até mesmo a pandemia de Covid-19 podem ser possíveis causas.

“A ansiedade não só afeta o indivíduo, mas também tem repercussões na sociedade. Pode levar a problemas de saúde física, como distúrbios gastrointestinais e cardiovasculares, e contribuir para o aumento de transtornos mentais como a depressão. Além disso, a ansiedade patológica pode resultar em afastamento do trabalho e dificuldades acadêmicas afetando, inclusive, a produtividade e o desenvolvimento socioeconômico do país”,  explica a Dra. Gesika Amorim, Mestre em Educação Médica, Pediatra pós-graduada em Neurologia e Psiquiatria.

O uso excessivo de tecnologia e redes sociais expõe crianças e jovens a um fluxo constante de informações, muitas vezes negativas, e a comparações irreais, o que pode gerar ansiedade e baixa autoestima. A instabilidade familiar e social, com divórcios, violência e crises econômicas, também afeta a saúde mental dos jovens.

O que fazer?

Segundo a especialista, para enfrentar esse desafio, é essencial adotar uma abordagem holística e multidisciplinar:

– Apoio Familiar e Escolar: Encorajar crianças e jovens a expressar seus sentimentos. Além disso, garantir que eles tenham acesso a um ambiente de suporte emocional.

– Atividades Físicas e Sociais: Promover um estilo de vida saudável com atividades físicas regulares e oportunidades para socialização e lazer.

– Acesso a Serviços de Saúde Mental: Por fim, é preciso garantir que crianças e jovens tenham acesso a serviços de saúde mental oportunos e de qualidade.

Publicidade

Editora-chefe das marcas Bons Fluidos, SportBuzz e Perfil Brasil. Acredita na Lei do Retorno e na (lenta) evolução do ser humano para um mundo melhor.