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1ª triatleta transplantada de coração, Patricia Fonseca esclarece condições para cirurgia de Faustão

Autora do livro “Coração de Atleta”, Patricia Fonseca, que também passou por um transplante de coração, apontou os critérios considerados na fila de espera pelo órgão

1ª triatleta transplantada de coração, Patricia Fonseca esclarece condições para cirurgia de Faustão
1ª triatleta transplantada de coração, Patricia Fonseca esclarece condições para cirurgia de Faustão – Reprodução/Instagram

Exemplo de garra e determinação, Patricia Fonseca sabe pelo que o apresentador Faustão, apelido de Fausto Silva, está passando. Isso porque a esportista e agora escritora também passou pelo mesmo transplante do comunicador de 73 anos, operado neste último domingo, 27.

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Além de vencer o obstáculo da espera pelo órgão, cirurgia e adaptação, Patricia foi além, mergulhou afundo no mundo dos esportes e hoje é considerada a primeira triatleta transplantada de coração. Sua história de vida ela conta no livro “Coração de Atleta”, lançado em julho deste ano.

Patricia Fonseca avalia quadro de Faustão

Em entrevista a CARAS, Patricia Fonseca explica que o primeiro fator genético a ser considerado quando há necessidade de um transplante de coração é a compatibilidade sanguínea.

“O sangue B é mais raro e, inclusive, é o sangue do Faustão. Quando aparece um doador do sangue B, não tem tantas pessoas na fila desse tipo de sangue. É pouquinho se for parar para comparar com outras filas. Tinham mais ou menos umas 11 ou 12 pessoas e ele era o segundo da espera”, explica a triatleta.

Outros dois pontos que devem ser considerados são a altura e o peso do doador. Eles devem ser semelhantes às características do receptor. No caso de Faustão, o apresentador deveria receber o coração de um homem alto, por exemplo. Foi justamente isso que ocorreu. Para saber mais sobre o possível doador de Fausto Silva, clique aqui. Sobre o assunto, Patricia Fonseca comenta.

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“O coração de uma pessoa grande não vai caber em uma pessoa pequena, porque se colocar, não fecha a caixa torácica, não cabe dentro do corpo. Crianças têm prioridade porque é difícil encontrar um coração pequenininho para caber na caixa torácica delas. Sempre que aparece um coração pequeno, a prioridade é do transplante pediátrico e da criança que está esperando”, diz.

“O Faustão é grande, então se ele oferecer um coração, ele não serviria para pessoas que têm um porte físico, tamanho e peso menores. Não ia encaixar e ter cavidade torácica para caber o órgão”, acrescenta Patricia Fonseca sobre o transplante do apresentador.

Quem tem prioridade na fila de espera?

Patricia Fonseca aponta que, para além da cronologia da ordem da fila de espera, os casos são subdivididos conforme a gravidade. No caso, Faustão, diagnosticado com insuficiência cardíaca, estava em estado grave e necessitava de transplante com rapidez. “Um paciente que está conseguindo esperar em casa não está em critério de urgência, já se o paciente está precisando estar internado no hospital, ele tem prioridade”, explica.

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Além da qualidade do órgão, “tamanho e peso, tipo sanguíneo, anticorpos… A gente vai percebendo que essa fila não é tão fila, é uma lista. Ela tem várias explicações e ramificações”, finaliza Patricia Fonseca, primeira triatleta transplantada de coração.

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