Rodrigo de Aquino, especialista em Bem Estar e Felicidade, aproveitou a campanha do Setembro Amarelo para nos convidar a uma reflexão sobre natureza, vida, felicidade e a importância de pedir ajuda!
Circulamos pelas ruas e praças e não nos damos conta de quantos ensinamentos estão soltos por aí.
Letras de músicas, conversas paralelas ou a natureza que resiste nos espaços urbanos podem ser mestres na hora de encarar os desafios do dia a dia. Sempre podemos aprender com a vida, mas será que estamos abertos para “ouvir seus ensinamentos”?
Tempos complexos pedem soluções em rede. Passando pelas avenidas e parques das cidades brasileiras, vimos nos últimos meses o espetáculo dos ipês-amarelos que, entre o outono e o inverno, perdem suas folhas e, diante da seca e de temperaturas baixas, resistem. Já próximos à primavera, usam suas forças para manifestar sua potência e beleza, desabrochando em flor. O ipê prova sua resistência e inspira resiliência, habilidade fundamental para encarar os momentos frios e tristes da vida, até conseguir manifestar sua melhor versão.
A sabedoria popular também nos ensina que, a hora mais escura do dia é exatamente aquela que antecede a aurora. Antes do sol raiar, temos que encarar a escuridão e só depois é que a luz dourada, do sol ou da consciência, ganha espaço, aquecendo o corpo e a alma, clareando os pensamentos e trazendo novas perspectivas e estímulos para encararmos nossos conflitos internos e externos.
A abelha, aquela que tem um ferrão que dói e pode matar, é a mesma que produz um alimento doce com tons que variam entre o dourado, amarelo ou âmbar. Assim como o leite, o mel é símbolo da completude, acolhimento e sabedoria e também traz consigo as lições da coletividade e do trabalho harmonioso da colmeia.
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Entre tantas lições vindas da natureza, me vem à mente um dos trabalhos mais recentes do Emicida. Entre tantas rimas e poesias, destaco o trecho que diz sobre a importância de dar voz ao que vem de dentro, sem deixar que as mazelas marquem quem somos e sobre a importância de se amar elos. Entre tantos tons e nuances, chega o Setembro Amarelo que, assim como a poesia, o ipê amarelo, a força do sol e o sabor do mel, nos lembra, através do seu tema de 2022, que “a vida é a melhor escolha”.
Dizem os especialistas que quem quer se matar tem como objetivo eliminar uma dor e não terminar com sua a vida, mas entre tantas instabilidades, discursos de ódio e violências de todos os tipos, como provar que é melhor estar vivo?
Desde 2014 a campanha do Setembro Amarelo, lança uma luz sobre as dores, fragilidades e amargores da nossa sociedade e destaca que, quase 100% dos casos de suicídio são relacionados a saúde mental fragilizada, doenças mentais não diagnosticadas ou tratadas incorretamente.
Enquanto profissionais da área da saúde estão prontos para atender pessoas vulneráveis, precisamos pensar em políticas públicas que ofereçam espaços com mais qualidade de vida para a população e novos paradigmas e modelos de gestão de pessoas (sejam eles alunos ou empregados). É preciso criar ações que mitiguem dores e estimulem o bem-estar, criando assim, barreiras capazes de conter, por exemplo, o crescimento acelerado de casos de depressão, ansiedade e suicídio. Pensar no florescimento da nossa sociedade e em pessoas mais felizes, passa por uma série de ações que passam por vários fatores, desde expectativa de vida, generosidade e vida saudável até vitalidade comunitária, bem-estar psicológico, uso do tempo e padrão de vida.
Mas, se estiver difícil esperar o sol nascer ou desabrochar como o ipê, peça ajuda. Uma das principais fontes do bem-estar está na arte dos encontros e das conexões. Cada um tem um tipo de desafio na vida e todos merecem encontrar mais beleza e sabor, ao acordar e ao dormir!
Na dúvida, escolha VOCÊ, porque a vida é a melhor escolha.
Comunicólogo e especialista em Bem Estar e Felicidade, estuda desenvolvimento humano desde os 14 anos de idade. Especialista em Psicologia Positiva (IPOG), Planejamento estratégico (Miami Ad School) e Coolhunting (Istituto Europeo di Design) se dedica integralmente ao estudo do desenvolvimento humano e da felicidade no mundo corporativo, através de sua formação como Chief Happiness Officer. Realiza mentorias, palestras e consultorias na área de criatividade, florescimento humano e FIB (Felicidade Interna Bruta). É embaixador em São Paulo da ONG Doe Sentimentos Positivos, fundador do Instituto DignaMente e idealizador/host do podcast “Sobre Nós”.
