Argentina passa a considerar cuidado materno como trabalho e dará direito a aposentadoria para mães
Programa prevê beneficiar 155 mil mulheres em idade de aposentar que trabalharam cuidando dos filhos

Programa prevê beneficiar 155 mil mulheres em idade de aposentar que trabalharam cuidando dos filhos
A Argentina deu mais um passo em direção à igualdade dos direitos de homens e mulheres após anunciar nesta quarta-feira, 21, que passará a considerar o cuidado materno como um trabalho.
Depois de legalizar o aborto, o país vizinho declarou que mulheres com mais de 60 anos que pararam de contribuir para a previdência para dar atenção à maternidade, terão o direito de se aposentarem mesmo sem terem contribuído por 30 anos, como é exigido no país.
O órgão que assegura políticas públicas para a população, a Administração Nacional de Seguridade Social (ANSES) prevê que 155 mil mulheres serão beneficiadas com o direito a aposentadoria.
Antes da nova medida, 44% das mulheres com idade para aposentar-se não conseguiam completar os 30 anos no mercado de trabalho porque pausavam a carreira para cuidar dos filhos, mas não conseguiam voltar para o mercado de trabalho após a licença maternidade.
Segundo um estudo realizado pela Oxfam International, mulheres e meninas dedicam dedicam 12,5 bilhões de horas diariamente ao trabalho de cuidado não remunerado. Se elas recebessem pelo trabalho movimentariam US$ 10,8 bilhões por ano.