Arquiteto da natureza! Conheça a lenda do joão-de-barro e as principais curiosidades desta ave
O joão-de-barro é uma das aves mais encantadores do reino animal

O joão-de-barro é uma das aves mais encantadores do reino animal
O joão-de-barro, conhecido cientificamente pelo nome Furnarius rufus, é uma ave de porte pequeno originária da América do Sul, mais especificamente de regiões da Argentina, Brasil, Paraguai e Bolívia.
Este pássaro é famoso por construir sua própria casa, utilizando barro, esterco, palha e pedaços de galho. Macho e fêmea se unem e constroem juntos em 18 dias um ninho perfeito em formato de forno para viverem confortavelmente. A “casa” possui uma porta de tamanho perfeito para a entrada do casal e conta com uma câmara forrada de palha para a fêmea colocar seus ovos.
Lenda indígena do João-de-barro
A cultura brasileira é repleta de lendas folclóricas ricas e encantadoras. João-de-barro também é rodeado de histórias contadas por povos antigos no sul do país.
Segundo a lenda, existia um jovem chamado Jaebé que se apaixonou por uma das moças mais belas de uma tribo indígena, cujo pai era muito rigoroso. Para pedir a moça em casamento o pai pediu para que ela provasse seu amor pela jovem. O senhor contou que o último pretendente da filha prometeu provar seu amor fazendo um jejum de cinco dias, no entanto, não resistiu ficar sem comer e morreu no quarto dia.
Jaebé, no entanto, foi ousado ao prometer ficar nove dias sem comer e garantiu que não morreria de fome. O pai da moça aceitou a proposta, mas achou o jovem ganancioso demais enquanto a tribo ficou admirada pela coragem dele. Jaebé então cobriu-se com uma manta de pele de anta e começou seu jejum sendo supervisionado para que não comesse nada.
Os dias foram passando e a jovem apaixonada ficou preocupada com as condições de seu pretendente. No quinto dia ela implorou para que seu pai quebrasse o acordo com Jaebé para que ele não morresse de fome, no entanto, o pai foi relutante e esperou até o nono dia para retirar Jaebé da manta após o jejum: “vamos ver o que resta do arrogante Jaebé”.
Ao abrir a manta no nono dia, a tribo constatou que o jovem estava vivo e muito bem! Ele saltou de dentro da manta e ninguém acreditou no que estava vendo, inclusive a moça apaixonada. Ao trocar olhares, o casal brilhou os olhos e lentamente foram se transformando em dois pequenos pássaros que voaram e desapareceram pela floresta.