Avanço da ciência: cientistas identificam proteína que freia metástase de câncer de pâncreas

Um estudo inglês descobriu mecanismo que pode reverter o processo que permite que câncer de pâncreas se espalhe

Avanço da ciência: cientistas identificam proteína que freia metástase de câncer de pâncreas
Avanço da ciência: cientistas identificam proteína que freia metástase de câncer de pâncreas – Foto de Chokniti Khongchum no Pexels

Avanço! Um estudo do Instituto de Pesquisa do Câncer, em Londres, revelou um mecanismo que pode representar uma esperança para pacientes com câncer de pâncreas: os cientistas identificaram que o aumento da proteína GREM1 nas células tumorais do câncer de pâncreas pode impedir que elas cresçam e causem metástase. O estudo foi publicado na revista Nature.

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Cientistas identificam proteína que freia metástase de câncer de pâncreas

Os estudiosos analisaram as situações e descobriram que, quando o GREM1 é desligado, as células tumorais mudam de uma maneira muito fácil e rápida: elas possuem a capacidade de invadir novos tecidos e migrar pelo corpo – ou seja, a metástase. Segundo o estudo, em apenas dez dias, todas elas mudaram e tornaram-se mais perigosas e invasivas. O desligamento também tornou os tumores mais propensos a se espalhar.

Quando essa proteína está funcionando normalmente, apenas 15% dos casos analisados na pesquisa chegaram a essa situação de se espalhar em outros órgãos do corpo.

Em um comunicado, Axel Behrens, principal autor do estudo e líder da equipe de células-tronco do câncer no Instituto, explicou: “Esta é uma descoberta importante e fundamental que abre um novo caminho para descobrir tratamentos para o câncer de pâncreas. Mostramos que é possível reverter o destino das células no câncer de pâncreas no laboratório – voltando o relógio em tumores agressivos e mudando-os para um estado que os torna mais fáceis de tratar”.

Ainda que esse estudo e outros relacionados aos tipos de câncer ainda estejam em estágios iniciais, os pesquisadores afirmaram que essas conclusões e de outras pesquisas são capazes de encontrar alternativas de reverter o câncer de pâncreas em estágios mais avançados para um nível menos agressivo que seja mais possível de ser tratado.

“Esta nova descoberta ampliou nossa compreensão da base molecular de como o câncer de pâncreas ganha a capacidade de crescer e se espalhar pelo corpo. Embora seja necessário mais trabalho, esse tipo de pesquisa fundamental é essencial para desenvolver conceitos para tratamentos novos e mais eficazes contra o câncer”, concluiu o diretor-executivo do Instituto de Pesquisa do Câncer, Kristian Helin, em um comunicado.

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