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Chocolate dá mesmo espinha ou pode fazer bem para a pele?

Dermatologistas explicam quais tipos de chocolate fazem mal para a pele e quais são aqueles que até podem deixar o tecido cutâneo mais bonito

Chocolate dá mesmo espinha ou pode fazer bem para a pele?
Chocolate dá mesmo espinha ou pode fazer bem para a pele? – Foto de Polina Tankilevitch no Pexels

7 de julho é comemorado o Dia Mundial do Chocolate, mas muita gente ainda tem dúvida quanto aos malefícios que o alimento pode trazer à pele. “Há um mito de que o chocolate é realmente o causador da acne. Eficaz contra o mau humor, além de trazer sensação de bem-estar, o chocolate deve ser consumido com parcimônia; as versões brancas e ao leite devem ser evitadas, por conta da quantidade de açúcar e gordura presente nesses produtos, que podem favorecer a inflamação e envelhecer a pele”, afirma a dermatologista Dra. Paola Pomerantzeff.

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Chocolate faz mal para a pele?

Que fique bem claro: o cacau não causa espinhas. De acordo com a médica, para responder adequadamente a essa pergunta, é necessário observar a lista de ingredientes da barra de chocolate. Ela explica que o cacau em si é um alimento extremamente benéfico e que não está relacionado ao surgimento ou piora da acne, pelo contrário: esse ingrediente é um aliado da saúde e da pele.

“Como um poderoso antioxidante que ajuda a promover luminosidade e hidratação, o cacau contém flavonoides, fitonutrientes com propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias, que auxiliam na proteção aos danos dos raios UV, prevenindo as rugas e combatendo os radicais livres. Isso ajuda a deixar a pele mais brilhante e saudável”, diz.

Onde mora o problema? No entanto, o cacau é de gosto amargo, por esse motivo para deixá-lo mais palatável, a indústria adiciona açúcar e gorduras no chocolate. E alimentos ricos em gorduras, açúcares e hidratos de carbono, como os chocolates ao leite e branco, têm alto índice glicêmico. A gordura e o leite presente em chocolates podem colaborar também para o agravamento do quadro, de acordo com a especialista.

Chocolates recomendados são os amargos ou meio-amargos. Chocolates com mais de 50% de cacau e o padrão ouro (com mais de 70%) fornecem os benefícios antioxidantes dos flavonoides do cacau e podem ser ricos em vitamina C, vitamina E, cálcio, fósforo, ferro, potássio e sódio. “Essa é a realmente a melhor opção, já que traz menos quantidade de carboidratos e açúcar, além de contar com ação antioxidante e anti-inflamatória. As versões deste chocolate com oleaginosas trazem mais benefícios e nutrientes, principalmente para pacientes com pele seca”, diz. Mas atenção à dose: 30g ao dia é o recomendado – portanto uma barra de chocolate (90g geralmente) pode ser consumida, em média, em três dias.

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Fuja dos chocolates ao leite e branco. “O ideal é evitá-los, pois possuem mais gordura e açúcar, ambos envolvidos com o processo de inflamação e aceleração do envelhecimento da pele”, explica. Pacientes de pele oleosa devem evitar também esse tipo de chocolate principalmente se ele ainda tiver amendoim e castanhas, que trazem mais gorduras saturadas (e muitas vezes mais açúcar) para a pele e as glândulas serão as responsáveis por excretar este acúmulo de gordura. “Além disso, sabemos que alimentos com alto índice glicêmico são mais inflamatórios levando ao estresse oxidativo e glicação”, finalizou a Dra. Paola.