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Entenda quando uma dor de cabeça pode virar motivo de preocupação com o nosso cérebro

Neurologista explica em que momento temos que nos preocupar mais com as dores de cabeça

Neurologista explica em que momento temos que nos preocupar mais com as dores de cabeça – Foto de Andrea Piacquadio no Pexels

As dores de cabeça são, normalmente, condições comuns do nosso dia a dia que podem indicar falta de sono, uso de óculos com grau incorreto, estresse, exposição a ruídos altos ou adereços apertados na cabeça. Mas, em alguns casos, temos que ficar em alerta: algumas dores nessas regiões podem representar doenças. O neurologista Dr. Gabriel Novaes explica quando isso pode ocorrer.

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“A suspeita de tumores cerebrais não é levantada com qualquer dor de cabeça comum, apenas quando ela apresenta algum alarme, ou seja, é diferente. O surgimento de uma dor de cabeça nova, a mudança do tipo de dor de cabeça, a piora da intensidade, aumento da frequência, ou quando a dor é fixa são sinais que podem ajudar no diagnóstico”, esclarece. 

Entenda quando uma dor de cabeça pode virar motivo de preocupação com o nosso cérebro

Epilepsia com quadros de desmaio, fadiga, formigamento no corpo, amnésia, confusão mental ou outras crises convulsivas, principalmente quando o paciente apresenta a crise pela primeira vez, ou não tenha recebido o diagnóstico de epilepsia antes, também pode ser motivo de preocupação.

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Outro sintoma comum é a perda de funções neurológicas, com os chamados ‘déficits focais’. Segundo o INCA, Instituto Nacional do Câncer, órgão ligado ao Ministério da Saúde, o paciente pode apresentar perda de força ou do tato nos membros; de visão ou de audição; alterações da fala ou da capacidade intelectual (compreensão, raciocínio, escrita, cálculo, reconhecimento de pessoas); ou de comportamento.

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Essa identificação do paciente é importante uma vez que hoje não conseguimos identificar métodos de rastreio efetivos para encontrar estes tumores no início do seu crescimento, segundo o Dr. Gabriel.

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“Nosso cérebro não tem receptores para dor, e ele é protegido pela nossa calota craniana, muito diferente dos seios que podem ser palpados, dos pulmões que podem ser auscultados e do nosso intestino que pode ser visualizado facilmente. Quando encontrarmos maneiras efetivas de frear esses tumores, talvez possamos sugerir formas de gerar uma prevenção a nível populacional, e salvar muitas vidas, mas ainda é cedo”, conta.

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No caso do tratamento, o neurologista diz que há basicamente 3 pilares principais: cirurgia, radioterapia e quimioterapia. “Em casos extremamente bem selecionados podemos tentar, em caráter de exceção, terapias alvo ou imunoterapias, mas ainda não são estratégias provadas efetivas nos tumores cerebrais, apesar de estudos estarem extremamente avançados e muita esperança paira sobre os neuro-oncologistas em todo o mundo”, finaliza o médico.