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Equoterapia: método terapêutico com cavalos ajuda pacientes com questões emocionais e até mesmo autismo

A prática também é especialmente recomendada para quem se encontra dentro do TEA (Transtorno do Espectro Autista), TRM (trauma raquimedular), paralisia cerebral, esclerose múltipla, ataxia cerebelar, sequela de AVE (Acidente Vascular Encefálico) entre outros

Equoterapia: método terapêutico é indicado pelo SUS – Freepik

O bem-estar físico e mental numa sociedade que começa a se recuperar de uma pandemia é um assunto muito debatido atualmente. Especialmente em indivíduos que já sofriam com algum distúrbio neuropsicológico, o isolamento e a impossibilidade de práticas físicas externas prejudicaram a saúde mental de muitos.  

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A equoterapia, método terapêutico que se utiliza do cavalo para o auxílio de pessoas com neurodivergências ou distúrbios psicológicos e neurológicos, pode ser a resposta a muitas pessoas e famílias que apresentaram, no período, piora em condições como TDAH (Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade), depressão, ansiedade, Síndrome de Burnout, e até mesmo para quem se encontra dentro de alguns quadros, como:

– TEA (Transtorno do Espectro Autista);

– TRM (trauma raquimedular);

– Paralisia cerebral;

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– Esclerose múltipla;

– Ataxia cerebelar;

– Sequela de AVE (Acidente Vascular Encefálico);

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Entre outros. 

Quando se trata de indivíduos que se encaixam no transtorno do espectro autista, a relação com o cavalo pode estabelecer uma base de confiança que os ajuda a lidar com questões de angústia, de separação, além de praticar o cuidado com o animal e contribuir para a construção de identidade, à medida que eles percebem o cavalo como ambiente externo a si. “A partir dessa confiança com o ambiente externo, há o desenvolvimento do relacionamento consigo mesmo”, explica Mariane Donato, coordenadora do CAJ (Centro de Referência do Autismo).

COMO FUNCIONA?

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Na montaria, os movimentos do cavalo ativam estímulos neurológicos que favorecem o bem-estar do praticante. Além disso, a questão social também é trabalhada, através do laço com o animal e o ambiente social do centro em si.

Estima-se que montar em um cavalo pode gerar até 22.500 estímulos musculares, e por essa razão, a prática é normalmente realizada uma vez por semana, em sessões de 30 minutos.

Modalidade multidisciplinar, que dialoga com as áreas de saúde, educação e a própria equitação

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De acordo com Tatiane Trevisan, coordenadora de um centro de Equoterapia em Jaguariúna, os benefícios do método são únicos em cada indivíduo.

“Algumas pessoas, com uma sessão, já demonstram um relaxamento muscular e melhora postural. Outras, precisam de mais tempo. Mas é perceptível que o praticante desce do cavalo melhor do que ele subiu”, informa a coordenadora.

CUIDADO COM OS CAVALOS

Os cavalos utilizados na equoterapia são exclusivos à prática, não sendo utilizados, portanto, para quaisquer outras atividades. É necessário também que, em centros de equoterapia, haja uma equipe de veterinários que seja responsável tanto pelo bem-estar do animal quanto por seu treinamento e conduta. 

VAGAS PELO SUS

O método terapêutico tem vagas disponibilizadas pelo SUS, você sabia? Conversamos com os gestores do CEJ (Centro de Equoterapia de Jaguariúna) e eles explicaram que, em conjunto com o CAJ (Centro de Referência do Autismo), atendem mais de 350 famílias no interior de São Paulo. 

Os atendimentos são realizados através de quatro frentes: parcerias com as Prefeituras que disponibilizam vagas através do sistema SUS, parceria com empresas que patrocinam vagas através do plano de responsabilidade social, convênio com planos de saúde e vagas particulares.