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Estresse faz relógio da vida andar mais rápido, acelera envelhecimento e diminui longevidade

Estudo descobriu que o estresse realmente faz o relógio da vida passar mais rápido – mas podemos ajudar a controlar os efeitos, relaxando e fortalecendo a regulação emocional e autocontrole

Cuidado com o estresse! Condição acelera envelhecimento e diminui longevidade – Foto de Andrea Piacquadio no Pexels

Você já deve imaginar que o estresse está ligado, de certa forma, ao envelhecimento precoce e doenças, mas já se perguntou o quanto o estresse crônico acelera esse relógio biológico? E se há maneiras de desacelerar e prolongar uma vida saudável?

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Em um novo estudo, os pesquisadores da Universidade de Yale usaram um relógio epigenético, apropriadamente denominado “GrimAge”, para chegar a uma conclusão certeira: o estresse realmente faz o relógio da vida passar mais rápido – mas é possível ajudar a controlar os efeitos, fortalecendo a regulação emocional e autocontrole. As descobertas foram publicadas na revista Translational Psychiatry.

Cuidado com o estresse! Condição acelera envelhecimento e diminui longevidade

“Cientistas nos últimos anos desenvolveram maneiras de medir a idade biológica rastreando mudanças químicas no DNA que ocorrem naturalmente com a idade, mas ocorrem em momentos diferentes em pessoas diferentes. Eles são os chamados ‘relógios epigenéticos’, que provaram ser melhores preditores de longevidade e saúde do que a idade cronológica”, explica o geneticista Dr. Marcelo Sady.

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Segundo o estudo, o estresse prolongado, por exemplo, aumenta o risco de doenças cardíacas, dependência química, transtornos do humor e transtorno de estresse pós-traumático. “Ele também pode influenciar o metabolismo, acelerando distúrbios relacionados à obesidade, como diabetes. O estresse também enfraquece nossa capacidade de regular as emoções e de pensar com clareza”, diz o Dr. Marcelo.

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Os pesquisadores decidiram explorar se o estresse também acelera o envelhecimento em uma população relativamente jovem e saudável. Para o estudo, eles inscreveram 444 pessoas, com idades entre 19 e 50, que forneceram amostras de sangue usadas para avaliar as mudanças químicas relacionadas à idade capturadas pelo GrimAge, bem como outros marcadores de saúde. Os participantes também responderam a perguntas destinadas a revelar os níveis de estresse e resiliência psicológica.

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“Mesmo depois de levar em conta fatores demográficos e comportamentais, como tabagismo, índice de massa corporal, raça e renda, os pesquisadores descobriram que aqueles que pontuaram alto em medidas relacionadas ao estresse crônico exibiram marcadores de envelhecimento acelerado e mudanças fisiológicas, como aumento da resistência à insulina”, diz o geneticista.

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O estresse não afetou a saúde de todos da mesma forma. Os indivíduos com pontuação alta em duas medidas de resiliência psicológica — regulação da emoção e autocontrole — foram mais resilientes aos efeitos do estresse no envelhecimento e resistência à insulina, respectivamente. 

Quanto mais resiliente psicologicamente, maior a probabilidade de alguém viver uma vida mais longa e saudável. “O estudo reforça a ideia de que devemos buscar meios de modular o estresse, fazer um investimento em nossa saúde psicológica, a fim de melhorar a longevidade”, finaliza o geneticista.

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