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Estudo esclarece a importância do uso do protetor solar e em que momentos devemos usá-lo

Estudo da UNESP Botucatu calculou a relevância dos raios ultravioleta em situações cotidianas e explicou a importância de sempre usar protetor solar

Estudo esclarece a importância do uso do protetor solar e em que momentos devemos usá-lo – Pexels / Moose Photos

A chegada das altas temperaturas nos faz lembrar que o uso do protetor solar na praia, na piscina e no clube é fundamental. Mas, será que devemos mesmo usar protetor solar dentro de casa? Em que situações? Um estudo da UNESP Botucatu, liderado pelo orientador Hélio Amante Miot  calculou a relevância dos raios ultravioleta em situações cotidianas: em exposição direta ao sol, dentro de um carro, dentro de casa perto da janela fechada, dentro de casa distante da janela aberta e na sombra fora de uma casa.

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Estudo esclarece a importância do uso do protetor solar

“Realizamos uma série de medições experimentais de ultravioleta B (UVB), ultravioleta A (UVA), azul-violeta (BV) e luz visível em exposição direta ao sol, dentro de um carro, em janelas ensolaradas e sombreadas, dentro de uma sala com a janela aberta, e na sombra fora de uma casa. Os comprimentos de onda foram avaliados por sensores calibrados, apontados diretamente para o sol”, diz o Dr. Daniel Cassiano, dermatologista e um dos autores do estudo.

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Para o estudo, três medições consecutivas foram realizadas entre 11h30 e 12h em um dia ensolarado e sem nuvens em Botucatu (SP). “Durante o outono brasileiro, UVA e BV alcançam seu pico entre 9h e 15h; picos de UVB entre 10h e 14h. Além da exposição direta ao sol, exposição aos raios UVB e UVA são relevantes na sombra (fora de casa) e perto das janelas (fechadas ou abertas).”

O médico explicou as conclusões em relação ao uso dentro de casa. “UVA e BV tem níveis substanciais em vidros sem película automotiva (dentro dos carros) e perto das janelas da casa, apesar do vidro. Em todos esses casos, é fundamental usar protetor solar e reaplicar o produto ao longo do dia. Dentro de casa, longe da janela aberta, as irradiações UVB, UVA e BV são irrelevantes.”

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Apesar disso, o médico esclarece que indivíduos com alta sensibilidade à exposição ao sol (por exemplo, pacientes com melasma, rosácea, lúpus eritematoso ou erupção polimórfica à luz) devem estar atentos ao sol, reforçar a fotoproteção, mesmo em ambientes com sombra, especialmente no verão e em zonas de latitude inferior. 

O dermatologista lembra que o protetor solar é vital para a prevenção do câncer de pele — mas também para manter a pele jovem, firme e elástica, com o colágeno preservado. “Devemos ter o hábito do uso regular do filtro solar: ele é o creme antienvelhecimento mais importante”, explica o Dr. Daniel Cassiano.

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“A aplicação inicial é estratégica para o sucesso da fotoproteção; muitos estudos demonstram que uma primeira aplicação correta pode compensar eventuais incorreções na reaplicação. Se requer um intervalo de 15 minutos entre a aplicação do produto e o início da exposição ao sol”, diz o médico.

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Ainda é possível potencializar a ação do produto, por meio do uso de antioxidantes. “Eles combatem os radicais livres. Além disso, aplicá-los antes do protetor solar potencializa a defesa da pele. A Vitamina C, a Vitamina E e o ácido ferúlico podem ser usados com esse intuito”, explica.

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O estudo tem limitações em relação às medidas, que foram tiradas em um único dia; além disso, radiação infravermelha não foi avaliada. Por outro lado, os resultados demonstram o perfil da radiação solar à qual as pessoas podem ser expostas em suas atividades cotidianas normais.

“Existem diferentes perfis de exposição solar e irradiação de comprimento de onda em situações da vida comum, como dirigir, permanecer na sombra e trabalhar perto de janelas. As estratégias mais eficazes de proteção solar (por exemplo, roupas, chapéus e protetor solar) envolvem a consciência do perfil de exposição solar individual diário”, finaliza.


Sobre o Dr. Daniel Cassiano:

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Dermatologista, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia e da Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica. Cofundador da clínica GRU Saúde, o Dr. Daniel Cassiano é formado pela Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) e Doutor em medicina translacional também pela UNIFESP. Professor de Dermatologia do curso de medicina da Universidade São Camilo, o Dr. Daniel possui amplo conhecimento científico, atuando nas áreas de dermatologia clínica, cirúrgica e cosmiátrica.