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Reumatismo x coronavírus: Médica tira dúvidas sobre relação entre os dois tipos de doenças

Médica reumatologista, Cláudia Goldenstein Schainberg, esclarece as principais dúvidas aos pacientes

Saiba se pacientes que testam positivo para o coronavírus podem piorar do reumatismo – David Hecker/Getty Image

Muitas são as dúvidas sobre a pandemia de infecção pelo SARS-Cov-2 (a Covid-19), seus sintomas e, principalmente, quem são as pessoas nos grupos de risco.

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Já se sabe que estão no grupo de risco os pacientes acima dos 60 anos, e as pessoas que tenham problemas crônicos, como diabetes, bronquites, doenças cardíacas e pulmonares, ou aquelas que estejam em tratamento de câncer, por exemplo.

Mas e os pacientes com doenças reumáticas? Precisam ter algum cuidado especial durante a pandemia?

Segundo a médica Cláudia Goldenstein Schainberg, é possível que pacientes imunossuprimidos tenham a infecção de maneira mais grave.

“Os pacientes reumáticos que usam imunossupressores ou imunobiológicos podem obter maior risco de contrair a doença. Por isso, é necessário que eles se mantenham em casa, distante do contato com aglomerações, lavando as mãos frequentemente e higienizando objetos”, explica a médica.

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Segundo a especialista, a recomendação é de que pacientes com doenças reumáticas em atividade, como o lúpus, mantenham-se, assim como a maioria da população, em quarentena. “Caso sintam sintomas semelhantes ao novo coronavírus, como a febre alta e a falta de ar, busquem seu médico para avaliação e tratamento”, ressalta.

O REUMATISMO PODE PIORAR COM O CORONAVÍRUS?

Uma dúvida frequente dos pacientes é sobre o agravamento da doença reumática se contrair o coronavírus. A profissional explica. “Não existe ainda evidências sobre esse assunto, pois o vírus ainda é muito novo e de curta duração. A comunidade médica está trabalhando arduamente neste sentido, mas tudo ainda é muito recente para conclusões”, ressalta.

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Outra dúvida dos pacientes é sobre os resultados positivos da cloroquina, agente indicado em muitas doenças reumáticas, anunciado nos últimos dias. “É importante deixar claro que, até o momento, não existem evidências suficientes, que indiquem o uso do medicamento em casos de infecção pelo coronavírus. A ciência está descobrindo maneiras de combate, mas é importante não se automedicar e buscar auxílio médico com as recomendações de tratamento indicadas pela OMS (Organização Mundial da Saúde) e do médico que acompanha o caso”, finaliza Cláudia Goldenstein Schainberg.