Reumatismo x coronavírus: Médica tira dúvidas sobre relação entre os dois tipos de doenças
Médica reumatologista, Cláudia Goldenstein Schainberg, esclarece as principais dúvidas aos pacientes

Médica reumatologista, Cláudia Goldenstein Schainberg, esclarece as principais dúvidas aos pacientes
Muitas são as dúvidas sobre a pandemia de infecção pelo SARS-Cov-2 (a Covid-19), seus sintomas e, principalmente, quem são as pessoas nos grupos de risco.
Já se sabe que estão no grupo de risco os pacientes acima dos 60 anos, e as pessoas que tenham problemas crônicos, como diabetes, bronquites, doenças cardíacas e pulmonares, ou aquelas que estejam em tratamento de câncer, por exemplo.
Mas e os pacientes com doenças reumáticas? Precisam ter algum cuidado especial durante a pandemia?
Segundo a médica Cláudia Goldenstein Schainberg, é possível que pacientes imunossuprimidos tenham a infecção de maneira mais grave.
“Os pacientes reumáticos que usam imunossupressores ou imunobiológicos podem obter maior risco de contrair a doença. Por isso, é necessário que eles se mantenham em casa, distante do contato com aglomerações, lavando as mãos frequentemente e higienizando objetos”, explica a médica.
Segundo a especialista, a recomendação é de que pacientes com doenças reumáticas em atividade, como o lúpus, mantenham-se, assim como a maioria da população, em quarentena. “Caso sintam sintomas semelhantes ao novo coronavírus, como a febre alta e a falta de ar, busquem seu médico para avaliação e tratamento”, ressalta.
O REUMATISMO PODE PIORAR COM O CORONAVÍRUS?
Uma dúvida frequente dos pacientes é sobre o agravamento da doença reumática se contrair o coronavírus. A profissional explica. “Não existe ainda evidências sobre esse assunto, pois o vírus ainda é muito novo e de curta duração. A comunidade médica está trabalhando arduamente neste sentido, mas tudo ainda é muito recente para conclusões”, ressalta.
Outra dúvida dos pacientes é sobre os resultados positivos da cloroquina, agente indicado em muitas doenças reumáticas, anunciado nos últimos dias. “É importante deixar claro que, até o momento, não existem evidências suficientes, que indiquem o uso do medicamento em casos de infecção pelo coronavírus. A ciência está descobrindo maneiras de combate, mas é importante não se automedicar e buscar auxílio médico com as recomendações de tratamento indicadas pela OMS (Organização Mundial da Saúde) e do médico que acompanha o caso”, finaliza Cláudia Goldenstein Schainberg.