Na coluna desta semana, cigana Kelida apresentou sete leis da espiritualidade e explicou como elas garantem uma vida mais harmoniosa em diversos âmbitos
Por que as leis da espiritualidade são tão importantes para vivermos uma vida harmônica? Para obtermos uma vida melhor? É isso que vou te explicar hoje.
Para muitos, o conceito de sucesso está ligado a dinheiro, poder e coisas materiais. Fomos criados para pensar que para alcançar o sucesso temos que trabalhar incansavelmente, com persistência intransigente e ambição intensa, e nosso sucesso só parece valer a aprovação dos outros.
Para mostrar que somos bem sucedidos, temos que usar roupas de grife, ter uma garota bonita, uma profissão de sucesso, uma boa posição, um bom carro… Construindo um caminho de sofrimento, longe de um verdadeiro senso de desenvolvimento pessoal, de bem-estar e por trás de nossos próprios desejos.
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Imagine uma pessoa motivada pela tentativa de alcançar o sucesso em sua profissão, que trabalha tanto para alcançá-lo que, quando o alcança, percebe que perdeu tudo o mais, inclusive sua própria esposa, amigos, família e saúde. Como resultado, o único respeito que ele/ela recebe é de seus subordinados, aqueles que não querem perder seus empregos. Ele/ela tem dinheiro, poder e está em um dos cargos mais altos de sua empresa, mas a solidão e o cansaço emocional o fazem pensar se valeu a pena chegar até aqui.
Esse esforço excessivo é desnecessário e até mesmo contraproducente para o sucesso. Não devemos esquecer que o sucesso é uma experiência subjetiva e tem a ver com estar bem nas diferentes áreas de nossas vidas. Vamos a algumas leis que podem ajudar você a alcançar uma vida melhor.
Esta lei é baseada no fato de que todos nós somos essencialmente consciência pura. Ou seja, estar consciente é pura potencialidade; um estado de criatividade e potencialidade infinitas. Quando você descobre sua essência natural e se conecta com quem você realmente é, esse mesmo conhecimento é a capacidade de alcançar o verdadeiro sucesso, porque você está no sucesso eterno e o tempo trabalha a seu favor, não contra você.
Essa lei também ficou conhecida como a lei da unidade, pois apesar da complexidade da vida, especialmente hoje no mundo globalizado em que vivemos, “estar plenamente consciente” é necessário para preservar o espírito.
É por isso que, atualmente, as práticas da meditação ou oração são tão bem sucedidas, pois esse estado de consciência e calma ajuda a autorregular o comportamento e a se conhecer melhor, além de criar um ambiente propício ao bem-estar pessoal.
Dar e receber mantém a riqueza e a afluência das relações interpessoais. Embora muitos pensem que dar constantemente é um sintoma de fraqueza, tanto dar como receber têm efeitos psicológicos importantes: reduzem o estresse e melhoram a autoestima, por exemplo.
Karma é ação e a consequência da ação. A lei do Karma é importante, porque nos adverte que se fizermos algo ruim (ou que é considerado ruim), isso terá consequências negativas para nós. Podemos sair impunes em algum momento, mas certamente receberemos algo semelhante em algum momento de nossas vidas.
O Karma nos coloca, nos avisa e nos permite escolher. Ela nos diz que o que nos acontece é consequência de nossas ações e nos permite refletir sobre nós mesmos para evitar cometer os mesmos erros no futuro. Portanto, o Karma não é um castigo, é uma oportunidade de crescimento.
Certamente você já ouviu falar que “menos é mais”, e já ouviu falar da lei do menor esforço. Essa lei vem representar exatamente isso. Esse é o princípio do mínimo de ação, e nenhuma resistência. Esse é, portanto, o princípio do amor e da harmonia.
Essa lei não significa que devemos parecer imóveis e passivos diante da vida, mas sim que quando as ações são motivadas pelo amor (para com os outros e para consigo mesmo), elas não exigem tanto esforço. Por exemplo, quando fazemos as coisas com relutância, será muito difícil nos movermos. Mas quando fazemos as coisas com paixão, ou seja, com amor pelo que gostamos, entramos em um estado de fluxo ou “fluxo”.
Esta lei tem três princípios fundamentais:
Aceitação: Quando tratamos os fatos e a vida com aceitação em relação a nós mesmos e aos outros, nos sentimos aliviados. Este momento é como deveria ser, pois todo o universo é como deveria ser. Por exemplo, quando nos sentimos frustrados com alguém ou alguma coisa, não ficamos frustrados ou chateados por uma pessoa ou situação, mas pelos sentimentos que temos sobre essa pessoa ou situação.
Responsabilidade: Todos os problemas são oportunidades de crescimento e desenvolvimento. Quando nosso estado de preparação encontra a oportunidade, a solução aparecerá espontaneamente, sem esforço.
Desamparo: Se abraçarmos “o aqui e agora”, ou seja, o presente, nos tornamos parte dele e nos conectamos emocionalmente, pois liberamos as terríveis cargas da defensiva, do ressentimento e da hipersensibilidade, favorecendo o Estado de Fluxo. Quando possuímos a delicada combinação de aceitação, responsabilidade e desamparo, viveremos esse Fluxo ao longo da vida, com uma predisposição sem esforço.
Esta lei afirma que, tendo consciência e capacidade de adaptação, podemos influenciar o meio ambiente, podemos criar nosso próprio futuro. Desejar e ter uma intenção são o motor que nos permite mover. Mas desejo e intenção não são os únicos requisitos para o sucesso, devemos cumprir a “lei da consciência pura” e a “lei do desapego” (que será explicada a seguir, no próximo ponto).
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O desapego, apesar de parecer sinônimo de frieza, é um conceito que está muito na moda no desenvolvimento pessoal, pois possibilita viver com serenidade e estabilidade emocional. Este é um conceito muito importante hoje, pois a maioria das pessoas está muito desligada até mesmo das coisas materiais. Não é fácil olhar para dentro quando a cultura nos leva a olhar constantemente para fora, a nos comparar, a ter mais sucesso, mais consumidores, etc. Em meio a tanta informação nos apegamos a velhas certezas para nos sentirmos seguros, incapazes de descrever a realidade como ela é.
O desapego não significa que as emoções não possam ser sentidas, trata-se de aceitá-las e observá-las de outra perspectiva, muito mais adaptativa. Trata-se de colocá-los em perspectiva, ou seja, afastar-se um pouco das coisas para tentar ser mais objetivo e realista.
De acordo com essa lei, todos nós temos um talento único e uma maneira única de expressá-lo. Há algo em cada um de nós que podemos fazer melhor do que os outros, porque para cada talento único e cada expressão única desse talento, também existem necessidades únicas. Expressar nossos talentos para atender às necessidades cria riqueza e abundância ilimitadas.
A lei do Dharma tem três componentes
Cada um de nós está aqui para descobrir seu eu superior ou seu eu espiritual, e devemos descobri-lo por conta própria.
O ser humano tem um talento único. Cada um de nós tem um talento tão único em sua expressão que não há outro indivíduo que tenha esse talento ou que o expresse dessa maneira. Quando expressamos esse talento único, estamos em um estado de fluxo.
Cada um de nós deve colocar esse talento a serviço da humanidade para ajudar uns aos outros. Quando combinamos a capacidade de expressar nosso talento único com o serviço à humanidade, usamos plenamente a lei do Dharma.
Espero ter ajudado você,
Paz e Luz,
Kelida.
