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Da salsinha ao alecrim: a relação entre o poder das ervas e as fases da Lua

Cigana Kelida fala sobre a relação entre o poder mágico das plantas e as fases da Lua; aprenda ainda os segredos para coletar as ervas da maneira correta

Da salsinha ao alecrim: a relação entre o poder das ervas e as fases da Lua
Da salsinha ao alecrim: a relação entre o poder das ervas e as fases da Lua – Foto: Griffin Wooldridge/Pexels

Não tem como falar do poder energético das ervas sem citar as fases da Lua. As teorias sobre a influência da Lua foram mantidas ao longo dos séculos e é fácil encontrar almanaques que nos falem sobre os benefícios do poder deste astro.

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Desde os tempos antigos, o poder da Lua está relacionado às plantas mágicas, tanto que na Índia, o deus da natureza, Soma, também encarna a Lua e fornece a bebida necessária para as plantas se alimentarem: um poderoso elixir que é usado como bebida pelos deuses.

As mulheres sábias estão em sintonia com a natureza e sabem aproveitar a magia de suas irmãs plantas para realizar sua vontade durante os feitiços e rituais. Em suas casas, encontraremos pacotinhos de funcho pendurados no teto e saquinhos de lavanda embaixo do travesseiro, costumes que muitos de nós herdamos sem saber bem de onde vieram.

As plantas, tanto em sua forma natural, quanto em galhos secos e esmagados, fazem parte da magia tradicional e cotidiana desde antes da memória histórica. As plantas tem suas vibrações e, conhecendo suas propriedades, podemos usá-las para defumação, para preparar bolsas que usaremos como amuletos e ungir velas.

Bruxas, druidas, xamãs ou sacerdotisas lunares vestidos de branco e com a foice na mão saem à meia-noite para cortar o poderoso visco. Banhados pela luz da Lua, eles coletam do seio da própria natureza os elementos que precisarão em sua magia. Isso é magico, não é? Eu amo!

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Algumas ervas, seus poderes mágicos e a relação com as fases da Lua

Salsinha

Todos nós já usamos salsa em algum momento de nossas vidas. É uma planta comum na despensa e nos jardins, com seu verde radiante. É a planta favorita da deusa lunar Ariadne. Suas vibrações promovem relacionamentos sociais, protegem contra críticas e invejas, e é fantástico para aquelas pessoas que, no seu dia a dia, têm que interagir com muitas pessoas ou cujo trabalho depende de contatos.

Ela é coletada em uma Lua Cheia e, se sob esta mesma Lua você fizer um círculo com sal com uma vela branca e uma prata no centro, e queimar mais folhas de salsa invocando Ariadne, as energias o favorecerão nas relações amigáveis e de trabalho. As cinzas são guardadas para fazer um amuleto simples (envolto em pano de algodão branco ou dentro de uma pequena caixa prateada) que você levará consigo e renovará a cada Lua cheia.

Hortelã

Planta indispensável no jardim, está associada ao planeta Marte. Previne e afasta as energias negativas, oferece força contra as adversidades, favorece as relações pessoais e trazendo serenidade espiritual. É uma planta que complementa qualquer feitiço e, em casa, alguns galhos frescos ou um pouco de essência trazem boas vibrações ao ambiente.

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Faça sacos de tecido vermelho (algodão ou linho, sempre usando tecidos naturais) em que armazenará a menta seca. Carregue o saquinho com você ou coloque-o ao lado do travesseiro de quem está doente ou passando por um momento difícil. A hortelã é colhida durante o último trimestre.

Sálvia

É a erva mágica por excelência. É a planta dos oráculos, um amuleto para estudantes e artistas. É também um dos mais protetores porque, se o queimamos, removemos e limpamos as energias e, se o fizermos em um pacote com o louro e o alecrim, conseguiremos que o feitiço aumente, concentre e purifique as energias. A sálvia é coletada durante a Lua Nova.

Alecrim

Planta que todos já vimos no campo e conhecemos popularmente na cozinha. Basta colocar alguns galhos no fundo do altar. Seu aroma purifica o ar dos lugares por onde circulam energias ou entidades negativas. Os banhos com a sua decocção devolvem a energia ao corpo e ao espírito. É uma planta consagrada aos deuses lares. O alecrim é colhido durante a Lua nova, sob a influência do Sol ou Júpiter.

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Segredos para coletar as ervas corretamente

A coleta, secagem e preparo de plantas para armazená-las, sejam elas secas ou para preparações de óleos, álcoois ou pomadas, é uma arte e é necessário ter certos conhecimentos para fazê-los corretamente.

Para poder explicar todos os seus segredos, precisaríamos de um livro inteiro (assim é a precisão dessa prática), além de conhecer bem as propriedades das plantas, que interferem e se complementam.

É conveniente considerar alguns passos básicos:

  • Não colete plantas após chover ou logo pela manhã, pois estamos interessados em coletá-las quando apresentarem menos umidade, para evitar fungos e putrefação;
  • Tampouco as coletaremos nas horas mais ensolaradas, pois perderão parte de seus óleos essenciais;
  • Usaremos uma tesoura ou uma faca afiada para cortar a parte da planta que nos interessa, sem danificar a raiz ou matar o espécime;
  • Não coletaremos plantas que estejam à beira de estradas ou áreas movimentadas;
  • Tampouco coletaremos as plantas que possam estar em perigo ou em áreas protegidas.

Uma vez recolhida a erva, partimos para a secagem. Precisamos, então, de um local arejado, sem umidade e onde o sol direto não chegue. A temperatura ideal é entre 15 e 20 °C. Podemos distribuí-las em uma grade de vime ou madeira, separadas umas das outras, ou pendurá-las em embalagens embrulhadas em papel (não jornal ou colorido). Após secos, vamos armazená-las em recipientes de vidro ou cerâmica, de preferência, ou em caixotes de madeira, com a data de coleta.

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Aproveite essas dicas e desfrute do poder das ervas em vida para sempre.

Paz e Luz

Kelida.