Queda de cabelo- De A a Z

Lembrando que aqueles que usam muitos produtos de alisamento, fazem chapinha ou penteados que usam elástico podem quebrar o cabelo e tem uma queda ainda mais acentuada

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Qual a diferença entre queda de cabelo e alopecia? – Canva Equipes/ A’s Images

Difícil quem nunca tenha se preocupado com a queda de cabelo, ainda mais se for homem. Existem aqueles que quase chegam a uma neurose, juntam diariamente os fios do ralo pós banho para fazer a contagem, para ver se está dentro do normal, aquela perda de até 100 fios por dia que todo mundo já está careca de saber. Mas quem quer perder 100 fios por dia ? Eu mesmo se passar a mão nos cabelos e aparecerem mais de 5 fios já fico em desespero. Lembrando que aqueles que usam muitos produtos de alisamento, fazem chapinha ou penteados que usam elástico podem quebrar o cabelo e tem uma queda ainda mais acentuada.

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Qual a diferença entre queda de cabelo e alopecia?

As duas querem dizer a mesma coisa; alopecia significa perda de cabelos ou pelos. E há diferentes tipos de alopecia:

– Alopecia androgênica: seu exemplo mais conhecido é a calvície masculina, mais frequente conforme os homens envelhecem. Ela afeta mais de 70% de homens e mais de 57% das mulheres com mais de 80 anos, mas pode aparecer bem mais precocemente, inclusive durante a adolescência. Dois fatores são importantes aqui: o hormônio diidrotestosterona e a hereditariedade.

– Alopecia areata: acredita-se que a causa seja uma reação autoimune, que faz com que as defesas do organismo ataquem os folículos pilosos gerando falhas circulares.

Mas quais as principais causas da queda de cabelo?

Estresse em excesso

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Seja físico ou mental faz com que se eleve os níveis de cortisol, hormônio produzido pelo organismo em resposta a situações de perigo ou ameaça. Quando em excesso na corrente sanguínea, esse hormônio pode afetar a absorção de micronutrientes, como vitamina A, B, C, D, E, ferro, selênio e zinco, contribuem com a renovação celular dos folículos pilosos, estruturas responsáveis pela produção e crescimento dos fios, logo a carência desses nutrientes pode levar à queda de cabelo.

Cientistas também descobriram possíveis efeitos diretos de hormônios ligados ao estresse na renovação celular que ocorre durante o ciclo de vida dos fios. Em estudo com roedores sobre a corticosterona, hormônio associado ao estresse similar ao cortisol em humanos, foi constatado que essa substância pode inibir a regeneração dos folículos, que acabam permanecendo em repouso por mais tempo.Sem a devida multiplicação celular, os tecidos da região não se renovam, fazendo com que os fios caiam com facilidade.

Excesso de vitamina A

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Ela ajuda na regulação do ácido retinóico para manter o couro cabeludo hidratado e prevenir a caspa. Em excesso, embora seja relativamente raro, a vitamina A causa queda de cabelo, porque seu cabelo completa um ciclo de crescimento muito rápido e, em seguida, a fase de queda de cabelo também ocorre muito repentinamente.

Pós-parto

Na gestação, geralmente, as mulheres não perdem cabelo pois há o aumento da progesterona, hormônio protetor dos cabelos, fora o hormônio do crescimento que também está em alta e faz bem para o cabelo. Já no pós-parto há uma queda abrupta da progesterona que pode levar à queda dos fios. A queda de cabelo é relativamente comum em mulheres após o parto, assim como a queda também pode acontecer pelo estresse do parto. Geralmente, esta queda de cabelo surge nos primeiros 3 meses após o parto e pode durar até 2 meses.

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A queda de cabelo pós parto é considerada normal e temporária, e geralmente volta ao normal até 1 ano após o nascimento do bebê. No entanto, é importante a mulher ter uma alimentação saudável, nutritiva e balanceada, tomar sucos ou vitaminas, que promovam o fortalecimento dos fios e o crescimento saudável do cabelo.

Alterações hormonais

Assim como durante ou após a gravidez, as alterações hormonais são uma importante causa de queda de cabelo e podem acontecer em vários momentos da vida, especialmente durante a adolescência e na menopausa e andropausa.
Os distúrbios da tireóide também são frequentemente associados à queda capilar. Tanto o hipotireoidismo (quando a tireoide trabalha abaixo do esperado), quanto o hipertireoidismo (situação em que a glândula trabalha em excesso) podem levar à queda dos fios.

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Nas pessoas com alterações na tireoide, a queda de cabelo costuma ser mais difusa. Assim, na hora de lavar, pentear e manusear os cabelos, a pessoa pode perceber uma queda acentuada dos fios.
Além disso, mulheres que trocam de pílula ou que começam um novo método anticoncepcional hormonal também podem apresentar queda de cabelo temporária.

Medicamentos

Algumas classes de medicamentos, como os antidepressivos, inibidores de apetite, anabolizantes, anticonvulsivantes, anti-hipertensivos, anticoagulantes e anti-inflamatórios podem ter o efeito colateral de contribuir para a queda de cabelo, especialmente no início do tratamento ou quando já estão sendo utilizados por muito tempo.

Outros remédios que podem ter este tipo de efeito incluem o metotrexato, o lítio e o ibuprofeno, por exemplo. Antes de iniciar um medicamento, converse com seu médico sobre os possíveis efeitos colaterais.

Anemia

A falta de ferro e/ou diminuição de vitamina B12 no organismo pode ocasionar a anemia, condição que, além da queda capilar, ocasiona fraqueza, cansaço e palidez.

Com a anemia, o cabelo também é enfraquecido com menos nutrientes, oxigênio e irrigação sanguínea, o que provoca a queda.

Na maior parte dos casos, a anemia surge por falta de ferro e, por isso, a primeira forma de tratamento consiste no uso de suplementos de ferro assim como o aumento da ingestão de alimentos com ferro, como carne vermelha, mexilhão, salsa ou feijão branco.

Inflamações no couro cabeludo

Várias são as causas da inflamação no couro cabeludo e muitas estão relacionadas a doenças como:

1. Dermatite seborreica, mais conhecida como a caspa
2. Psoríase
3. Outros tipos de dermatite
4.Tinha do couro cabeludo
5.Foliculite; e todas podem levar a queda de cabelo.

Além da queda de cabelo, podem surgir outros sintomas como coceira no couro cabeludo, descamação da pele ou bolinhas vermelhas ou espinhas na linha do cabelo.

COVID-19

A queda de cabelo pode também esta relacionada com a COVID-19. A perda de cabelo normalmente é notada na linha frontal da cabeça, quando se passa a mão pelo cabelo ou se penteia, e acontece algumas semanas a 3 meses após a infecção, podendo durar até 9 meses, em alguns casos e é conhecida como eflúvio telógeno e parece acontece devido ao acúmulo de substâncias inflamatórias no corpo, resultando em alterações no ciclo do cabelo. Apesar disso, é ainda mais provável que a queda de cabelo esteja também relacionada com o estresse, a ansiedade e/ ou a febre alta, que são comuns em caso de COVID-19.

O eflúvio telógeno é uma situação que pode ser resolvida em alguns meses sem que seja necessário tratamento. É possível notar a presença de alguns fios menores de cabelo à medida que mais fios vão caindo, o que indica que o ciclo do cabelo ainda está acontecendo normalmente.

No entanto, nos casos em que a queda de cabelo é muito acentuada, sendo notados regiões na cabeça sem cabelo, é recomendado consultar o dermatologista, para avaliar o couro cabeludo e, assim, serem indicadas algumas medidas que podem acelerar o crescimento do cabelo ou retardar a sua queda.

O que fazer para tratar a queda de cabelo?

Para tratar a queda de cabelo pode-se recorrer a produtos específicos, remédios ou suplementos como:

– Loção capilar com minoxidil a 5%: é a loção mais popular e ajuda a revitalizar o couro cabeludo, aumentando a irrigação sanguínea e fortalecendo os fios existentes, diminuindo a sua queda;

-Shampoos e loções para queda de cabelo com uso de plantas como jaborandi, hamamélis, chá verde e arnica;

Solução de fatores de crescimento capilar

Fatores de Crescimento são proteínas ou pedaços de proteínas (oligoproteínas) que atuam como mediadores químicos fisiológicos. Estimulam folículos capilares a produzirem cabelos mais densos e fortes. As mais utilizadas são:

IGF (Fator de Crescimento Insulínico): Reverte a atrofia folicular aumentando em poucos dias de uso o tamanho dos folículos (bulbo). Acelera a mitose – crescimento dos cabelos;

bFGF (Fator de Crescimento Fibroblástico Básico): Ação fortificante no aumento da síntese de proteínas de ancoragem. Atua em sinergia com citocinas de ação angiogênica. Melhora a circulação periférica nos folículos pilosos e estimula a fase anágena do ciclo capilar.

aFGF (Fator de Crescimento Fibroblástico Ácido): Citocina angiogênica, estimula a formação de um novo plexo vascular. Diminui a perda de melanina.

VEGF (Fator de Crescimento Vascular): Citocina angiogênica de ação vasodilatadora simultânea. Reverte a atrofia folicular induzida pela DHT. Aumenta o tamanho dos folículos e age sobre a angiogênese capilar:, ou seja, surgem novos capilares sanguíneos envolvendo o novo folículo – essencial para a nutrição e vitalidade dos cabelos.

– Suplementos nutricionais para queda de cabelo, como o Pill Food ou silício orgânico, que contêm nutrientes implicados no crescimento e na saúde dos fios de cabelo;

– Medicamentos para queda de cabelo, orientados pelo dermatologista, como a finasterida, ou o Saw Palmetto, um fitoterápico que tem a mesma ação da finasterida, sem os efeitos adversos.

Deve-se ressaltar que uma boa alimentação é fundamental e ela deve conter todos os nutrientes necessários para o organismo, pois a queda de cabelo pode ser causada por dietas muito restritivas, pobres em calorias e pobre em proteínas animais. Entre os alimentos mais comuns que agem antiqueda estão:

– Vegetais de folhas verdes escuras como espinafre, couve e rúcula, são ricos em nutrientes como vitaminas A e C, ferro, betacaroteno, ácido fólico e biotina, que melhoram a circulação sanguínea no couro cabeludo, estimulam a produção de proteínas essenciais para o fio e aumentam a hidratação da raiz capilar, e, por isso, ajudam a evitar a queda de cabelo.

Além disso, a deficiência de ferro na alimentação está relacionada com o aumento da queda de cabelo.

– O ovo é uma importante fonte de proteínas e biotina que são dois nutrientes essenciais para estimular a produção de queratina, uma proteína que protege e preserva os nutrientes presentes dentro do fio, o que ajuda a manter os fios saudáveis e evitar a queda de cabelo.O ovo também é rico em selênio e zinco que são nutrientes que ajudam a promover o crescimento saudável dos fios.

– Os peixes, como salmão, arenque, sardinha e atum, são uma excelente fonte de ômega 3, que tem ação anti-inflamatória e, por isso, ajudam a prevenir a inflamação dos folículos pilosos, que é um fator que pode contribuir diretamente para a queda de cabelo e pode ajudar a aumentar a densidade do cabelo.

– A cenoura rica em vitamina A e E que ajudam a melhorar a circulação sanguínea no couro cabeludo e têm ação antioxidante, evitando os danos provocados pelos radicais livres, que podem enfraquecer os fios causando a queda de cabelo.

– Frutas vermelhas, como morango, cereja, framboesa e goiaba, e as frutas cítricas como laranja, mexerica e limão, são excelentes fontes de antioxidantes, incluindo a vitamina C, que ajuda a proteger os folículos pilosos dos danos causados pelos radicais livres, que podem levar a uma diminuição da circulação sanguínea no couro cabeludo, causando enfraquecimento dos fios e a queda de cabelo. A vitamina C também ajuda o corpo a absorver ferro da alimentação e a produzir colágeno, que é uma das proteínas que constroem o cabelo, ajudando a manter os fios saudáveis e a prevenir a queda de cabelo.

– Nozes, castanha do pará e semente de linhaça ou de chia, são alimentos ricos em nutrientes importantes para prevenir a queda de cabelo, incluindo zinco, magnésio, vitaminas do complexo B, vitamina E, selênio e ômega 3.

Apesar de algumas dicas serem muito simples, muitas vezes a queda de cabelo é sinal a uma resposta do organismo que alguma coisa não está bem, então se for uma queda acentuada nunca deixe de buscar orientação de um médico dermatologista ou tricologista! Bom tratamento!