Entre Céus e Terra: a escolha de um novo Papa

Especialista do Astrocentro, Brendan Orin, mostra o que pode acontecer nos próximos dias com a escolha do novo Papa

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Especialista do Astrocentro, Brendan Orin, mostra o que pode acontecer nos próximos dias com a escolha do novo Papa – Créditos: depositphotos.com / m.iacobucci.tiscali.it

Com a recente morte do Papa Francisco, aos 88 anos, o mundo se prepara para mais um Conclave — ritual milenar e carregado de simbolismo no qual cardeais escolhem o novo líder da Igreja Católica. Para além do impacto religioso, o momento é visto, por muitos, como um marco espiritual e até mesmo energético para o mundo todo.

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A escolha do novo Papa será reflexo do espírito do nosso tempo

Brendan Orin, especialista do Astrocentro, destaca que a escolha de um Papa ressoa para muito além dos muros do Vaticano. “Mesmo para quem não é católico, esse tipo de transição mexe com a estrutura simbólica do Ocidente. Estamos falando de uma figura que influencia decisões políticas, culturais e sociais. O novo Papa será, inevitavelmente, um reflexo do espírito do nosso tempo”, opina.

Para ele, o legado de Francisco está diretamente ligado à ação prática e à espiritualidade viva. “Ele levou o Evangelho para as ruas, falava com migrantes, dialogava com outras religiões e abraçava os excluídos. Francisco representava uma Igreja que acolhe, e não que julga”, afirma o especialista. E, para ele, sua origem jesuíta foi determinante: “Os jesuítas têm essa missão de viver a fé na prática, de buscar Deus em todas as coisas, inclusive, nas dores do mundo. Francisco encarnou isso de forma brilhante”.

Astros e números: o que dizem os sinais místicos?

A escolha do próximo homem a ocupar o cargo ocorre sob trânsitos planetários bastante intensos. Saturno e Netuno estão em Peixes, um signo ligado à fé, aos sonhos e à espiritualidade. Isso nos mostra que estamos diante de um chamado coletivo para uma revisão profunda das crenças”, detalha.

Plutão, que ingressa em Aquário, também aponta para mudanças estruturais. “É o planeta das transformações radicais. E signo em específico fala de coletividade, liberdade e futuro. Isso pode indicar uma Igreja que terá que dialogar com o novo, com a diversidade e com os desafios contemporâneos”, esclarece.

Numerologia

A Numerologia também traz mensagens importantes. Francisco faleceu aos 88 anos — um número associado à sabedoria espiritual, ao encerramento de ciclos e à construção de legado. “O 8 representa o infinito. Quando duplicado, ele fala da continuidade da alma e do peso das decisões. A escolha do próximo Papa não é só institucional, ela é kármica”, observa o profissional.

A morte de um Papa sempre reacende o interesse por profecias, como as de São Malaquias ou mesmo de Nostradamus. “Esses textos falam mais de símbolos do que de previsões exatas. Mas servem como convite à reflexão: quem queremos ser como sociedade, e que tipo de liderança espiritual estamos prontos para receber?”, aponta.

O novo Papa poderá determinar os rumos da Igreja em relação a temas centrais como meio ambiente, inclusão, direitos humanos e desigualdade. “A figura papal ainda molda o inconsciente coletivo do Ocidente. Essa escolha é uma chave para entender que tipo de mundo estamos cocriando”, conclui.

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Quem são os Cardeais favoritos?

Alguns dos nomes mais cotados para sucedê-lo são:

  1. Pietro Parolin (Itália)

  • Atual Secretário de Estado do Vaticano.
  • Perfil: diplomático, discreto, conservador moderado.
  • Impacto possível: manutenção de uma linha tradicional com abertura ao diálogo diplomático.
  1. Luis Antonio Tagle (Filipinas)

  • Prefeito da Congregação para a Evangelização dos Povos.
  • Perfil: progressista, carismático, sensível às questões sociais.
  • Impacto possível: fortalecimento da Igreja nos países em desenvolvimento, diálogo inter-religioso mais aberto.
  1. Matteo Zuppi (Itália)

  • Arcebispo de Bolonha e presidente da Conferência Episcopal Italiana.
  • Perfil: pastoral, próximo dos movimentos de paz, defensor de migrantes.
  • Impacto possível: Igreja mais ativa na mediação de conflitos e na promoção da justiça social.
  1. Peter Erdő (Hungria)

  • Arcebispo de Esztergom-Budapeste.
  • Perfil: conservador, forte em teologia moral tradicional.
  • Impacto possível: retorno a uma visão mais rígida de doutrina e comportamento.
  1. Jean-Claude Hollerich (Luxemburgo)

  • Arcebispo de Luxemburgo, conhecido por sua atuação progressista.
  • Perfil: reformista, aberto à revisão de certas posturas tradicionais.
  • Impacto possível: uma Igreja que dialoga melhor com as novas gerações.
  1. Peter Turkson (Gana)
  • Ex-presidente do Dicastério para o Desenvolvimento Humano Integral.
  • Perfil: conciliador, defensor dos direitos humanos, com forte atuação em questões sociais e ambientais.
  • Impacto possível: um papado com ênfase ainda maior na justiça climática, no combate à pobreza global e em uma Igreja que ouve mais as vozes do Sul Global.
  1. Fridolin Ambongo Besungu (República Democrática do Congo)

  • Arcebispo de Kinshasa, criado cardeal por Francisco.
  • Perfil: progressista moderado, defensor dos direitos humanos e da preservação ambiental, especialmente da Bacia do Congo. Duramente contra a benção para  uniões homoafetivas.
  • Impacto possível: fortalecimento da dimensão ecológica e social da Igreja, com ênfase na defesa das populações mais vulneráveis.
  1. Dieudonné Nzapalainga (República Centro-Africana)
  • Arcebispo de Bangui e um dos mais jovens cardeais africanos nomeados.
  • Perfil: símbolo do diálogo inter-religioso e da busca pela paz em cenários de guerra civil.
  • Impacto possível: um papado voltado para a reconciliação entre povos, culturas e religiões, com uma Igreja mais próxima das realidades de conflito.