Estudo da USP conclui que mulheres têm menos chances de ter Covid-19

A pesquisa da Universidade de São Paulo analisou o material genético de casais em que um deles pegou Covid-19 e o outro não

Estudo da USP conclui que mulheres têm menos chances de ter Covid-19 – Foto de Anna Shvets no Pexels

Recentemente, a USP (Universidade de São Paulo) realizou estudos se há probabilidades diferentes de homens e mulheres pegarem Covid-19. Os pesquisadores chegaram às conclusões de que pessoas do sexo feminino são mais resistentes ao vírus do que as do sexo masculino. 

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Estudo da USP conclui que mulheres têm menos chances de ter Covid-19

O estudo foi feito a partir da análise de material genético de mais de 2 mil casais. Nas situações, um dos conjugues pegou o vírus e outro, não. Na pesquisa, concluíram que, normalmente, as mulheres eram mais resistentes e em muitas situações não se infectaram com o vírus; ainda que o marido, que conviva diariamente, tenha se infectado.

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Em entrevista à CNN, Mayana Zatz, uma das percursoras do estudo, explicou mais detalhadamente como ele foi feito.

“Vimos que no grupo dos assintomáticos tínhamos 29 homens e 54 mulheres, ou seja, quase o dobro de mulheres assintomáticas em relação a homens. A gente já sabe em outros estudos que a frequência de homens que tem formas graves da Covid e que vão a óbito é muito maior que entre mulheres, mas queríamos ver o contrário, quem é mais resistente, se são os homens ou as mulheres.”

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A pesquisadora também explicou que os estudos conseguiram esclarecer que, além de serem mais resistentes ao vírus, as mulheres também transmitem menos do que os homens. 

“Vimos que em 943 casos o homem é que tinha tido antes e transmitido para a mulher ou era o único do casal que teve. Já em 660 casos era a mulher a única ou que transmitiu para o parceiro; ou seja, nós confirmamos que os homens transmitem muito mais e que as mulheres. Além de serem mais resistentes, elas transmitem menos”, finalizou.

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Vale ressaltar que as pesquisas foram feitas com os materiais genéticos de pessoas infectadas pela primeira variante da Covid-19 e antes de ocorrer a vacinação em massa no Brasil. Por isso, os cientistas vão analisar, novamente, os casais que participaram dos estudos. Assim, descobrirão se os resultados se mantêm mesmo com a variante Ômicron.

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