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Aos 6 anos, menino cego descreve sensação de entrar no mar de SC e palavras emocionam

O pequeno Theo Pereira Martins Kuhnen, cego, contou sua sensação ao entrar no mar da Praia de Canasvieiras, em Santa Catarina

Aos 6 anos, menino cego descreve sensação de entrar no mar de SC e palavras emocionam – Reprodução / G1 / Foto: Tiago Ghizoni/ NSC

O ‘azul da cor do mar’, como diria Tim Maia, ganha outro significado vindo do pequeno Theo Pereira Martins Kuhnen, de apenas 6 anos, que ‘enxerga’ o mar a partir de outros sentidos: tato, fato, audição e até mesmo paladar.

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Isso porque Theo é cego. Mais precisamente, a criança perdeu a visão em decorrência de um glaucoma congênito causado pelo aumento da pressão intraocular durante sua vida intrauterina — enquanto estava no útero da mãe — levando à atrofia de ambos os nervos óticos.

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Menino cego descreve sensação de entrar no mar

Para o portal de notícias catarinense NSC, o menino descreveu a sensação de entrar no mar, neste caso, durante passeio pela Praia de Canasvieiras, no norte de Florianópolis, capital de Santa Catarina. “Eu posso imaginar escutando, pensando como seria os peixes lá no fundo do mar. Eu imagino o mar, não só com minha imaginação, mas com meus ouvidos também”, diz Theo.

“Estou ouvindo o mar e meu pé está tocando na areia. Se eu entrar na água e senti fria, eu vou andando, aí ela vai esquentar […] “Gosto de brincar com meu baldinho e pazinhas. Sinto a areia fininha no meio dos meus dedos. É salgado. Sabes como descobri? Eu estava na onda e sem querer tomei um pouco d’água”, continuou.

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Sem dúvidas, Theo é um menino desenvolto que sabe descrever com sensibilidade suas experiências. Mas isso não é de hoje. Como conta Martina Manoella Pereira Martins Kuhnen, mãe do menino, seu filho recebeu o apoio da Associação Catarinense para Integração do Cego (Acic). Isso, desde os seis meses de idade.

Lá, Theo começou a frequentar atividades multissensoriais específicas para cegos, foi o que permitiu que ele desenvolvesse sua autonomia ainda criança.

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“Sempre falei para o Theo tudo que iria fazer com ele: filho, a mãe vai trocar sua fralda; filho, a mãe vai vestir você com uma bermuda azul, filho, você vai tomar suco de laranja. É um direito que ele tem sobre o que ocorre no entorno”, contou Martina. A família foi essencial para ensinar e impulsionar Theo a perceber e descrever o mundo com mais clareza.

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