Estudo desenvolve vacina contra a covid-19 feita a partir da planta do feijão-fradinho
O possível imunizante ainda está em fase pré-clínica de estudos e utiliza o vírus mosaico severo, que acomete a folhagem do feijão-de-corda

O possível imunizante ainda está em fase pré-clínica de estudos e utiliza o vírus mosaico severo, que acomete a folhagem do feijão-de-corda
Um estudo desenvolvido por cientistas do departamento de nanoengenharia da Universidade da Califórnia em San Diego, nos Estados Unidos, investiga as propriedades de um alimento bastante consumido no Brasil, o feijão-fradinho.
Em busca de desenvolver vacinas contra a covid-19 à base de plantas e bactérias e que não precisariam ser armazenadas sob baixas temperaturas, os pesquisadores encontraram propriedades animadoras na planta da leguminosa, também conhecida como feijão-de-corda.
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Um artigo publicado na Journal of the American Chemical Society, na última terça-feira, 7, detalhou o estudo e afirmou que os resultados são animadores. Os cientistas observaram bons resultados em testes com camundongos, que tiveram alta produção de anticorpos que neutralizantes contra o Sars-CoV-2.
“O que é emocionante sobre nossa tecnologia de vacinas é que ela é termicamente estável, o que poderia facilitar o alcance a lugares onde a instalação de freezers não é possível“, disse Nicole Steinmetz, professora de nanoengenharia da UC San Diego, em comunicado.
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Como foi feito o estudo?
Para chegar nestes resultados, a equipe de cientistas cultivou milhões de cópias de dois vírus na bactéria Escherichia coli e no feijão-fradinho.
Os vírus bacteriófago Qbeta e mosaico severo se proliferaram. Os cientistas coletaram nanopartículas destas bactérias e aplicaram nelas um pedaço da proteína spike do Sars-CoV-2.