Ritmo de contágio da Covid-19 no Brasil está diminuindo, revela Imperial College de Londres
Embora as taxas de transmissão estejam caíndo é necessário ficar atento para uma possível 2ª onda

Embora as taxas de transmissão estejam caíndo é necessário ficar atento para uma possível 2ª onda
Um monitoramento feito pelo Imperial College de Londres, na Inglaterra, mostrou que a taxa estimada de transmissão do novo coronavírus é a menor no Brasil desde abril, o que significa que a situação é a mais positiva desde 6 meses.
Segundo os dados divulgados pela instituição inglesa, a taxa de transmissão no Brasil passou de 1,01 em 3 de novembro, para 0,68 nesta terça-feira, 10. O que indica que 100 pessoas infectadas transmitem para outras 68, ou seja, menor potencial de propagação da Covid-19.
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Embora a notícia seja animadora, não há motivos para descuidos com os cuidados de prevenção. O Brasil tem mais de 162 mil mortos pela doença e mais de 5,7 milhões de casos que tendem a subir se a segunda onda, enfrentada agora pelos europeus, chegar aqui.
Situação na Europa
Depois de registrar queda no número de contaminados e viver um cenário relativamente menos preocupante diante do novo coronavírus, a Europa decidiu flexibilizar as medidas de prevenção pensando que o pior havia ficado para trás.
No entanto, este relaxamento desencadeou uma segunda onda de contaminações pela Covid-19, porém com algumas diferenças em relação à primeira crise: o pico de contaminados ultrapassou a primeira crise, mas menos pessoas estão morrendo ou precisando de tratamento médico.
Ao contrário do que se viu no início do ano na Itália, Espanha e França – com hospitais sobrecarregados e falta de leitos de UTI para pacientes graves – desta vez, não existe um cenário caótico como antes, embora o pico de novos casos seja maior nesta segunda onda.
O que pode explicar uma segunda crise de Covid-19 menos mortal ainda é motivo de debate entre a classe científica, mas acredita-se que a abrangência de testagem seja o principal motivo para o registro de menos óbitos. No início da pandemia, o acesso a testes era mais limitado e destinado principalmente a pessoas do grupo de risco.