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SUPERAÇÃO! No ano em que completa bodas de ouro de diabetes, avô se prepara para 1ª meia maratona

Alimentação e atividade foram fundamentais nessa trajetória e a meia maratona deve acontecer em novembro

Heinrich Epp Neto tem 65 anos e uma história de superação emocionante – foto meramente ilustrativa – Freepik

Adoramos histórias de superação e essa tem um gosto especial. Heinrich Epp Neto tem 65 anos e, em 2021, completa 50 anos de diagnóstico de diabetes. Durante essa trajetória, enfrentou a revolta por ter a doença em plena adolescência, situações difíceis, quando ficou em estado de coma por duas vezes, mas encontrou o caminho que muitas pessoas, que podem estar lendo esse texto agora e com a mesma patologia, ainda pensam não conseguir superar: Heinrich está a caminho da sua primeira meia maratona.

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Formado em Ciências Contábeis, ele é casado, pai de três filhos e já é vovô. Foi diagnosticado com o diabetes aos 15 anos, quando começou a emagrecer; sentia muita fome e, principalmente, sede e vontade de urinar em excesso. Como na época a saúde pública era muito precária, marcar uma consulta e fazer os exames necessários no INPS (Instituto Nacional de Previdência Social) demorava bastante. A situação piorava cada vez mais e seu estado de saúde era muito ruim, quando foi internado em estado de coma em meados de julho de 1971.

“Na época eu tinha 1,83m de altura e pesava apenas 50 quilos. Após alguns dias no hospital, recebi alta e comecei a conviver com o tratamento do diabetes. Acostumar-me com as limitações e aceitar a condição não foi fácil. Minha revolta fez com que eu não me cuidasse e fui internado novamente em estado de coma três anos depois”, relata Heinrich. 

Após sair do hospital, ele percebeu o quanto seria necessário fazer mudanças para ter uma vida longa e de qualidade.

Na rotina, exames regulares, muita atividade física e, principalmente, atenção à saúde psicológica que, segundo Heinrich, influenciava muito na glicemia. “Como viajava bastante a trabalho, às vezes, tinha dificuldade de me adaptar às alimentações locais, tendo sempre que fazer as contas de carboidratos versus dosagem de insulina, mas sempre dava certo”, comenta ele.  

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Esporte é vida

Caminhada, ciclismo, vôlei e futebol são esportes que Heinrich adotou ao longo desses 50 anos de diabetes, mas foi em 2018 incentivado por um de seus filhos, que é maratonista, começou a correr e a participar de provas de 5 quilômetros. Em 2020, conheceu o Correndo pelo Diabetes (CPD) e foi quando ele percebeu que podia “voar” mais alto.

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“Enxerguei a oportunidade de melhorar o meu tempo de 5k e poder correr 10k, 15k e por que não uma meia maratona? Os treinos elaborados pelos responsáveis do CPD são fantásticos. Não imaginava que um dia eu poderia correr 15 k, mas consegui. Hoje, entendo de forma mais concreta a relação das atividades físicas com o comportamento glicêmico, melhorando muito o controle da minha glicemia”, conta. 

A equipe do CPD está com Heinrich no desafio, elaborando as planilhas de treino e dando todo o suporte necessário para atingir a meta de correr a meia maratona, o que deve acontecer já em novembro deste ano.

“Diabetes não é o fim do mundo, mas um novo mundo a ser explorado e descoberto. Seguindo as regras básicas de alimentação saudável, medicamentos, atividades físicas e controle emocional é possível alcançar qualquer objetivo. Foi assim que eu consegui chegar nas minhas ‘bodas de ouro’, completando este ano 50 anos de diabetes e com saúde para poder comemorar outras bodas que virão”, finaliza o atleta.

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