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Superdotação? Psiquiatra infantil ensina como identificar as altas habilidades do seu filho

Dra. Danielle H. Admoni, psiquiatra da Infância e Adolescência, foi profissional responsável por esclarecer esta questão para a Bons Fluidos; confira

Superdotação? Psiquiatra infantil ensina como identificar as altas habilidades do seu filho – Pexels

Você sabia que o Brasil tem mais de 19.699 alunos com superdotação, ou altas habilidades, matriculados na educação básica em todo o país? Os dados são do Censo Escolar do Ministério da Educação. Mas como saber que uma criança possui altas competências?

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Dra. Danielle H. Admoni, psiquiatra da Infância e Adolescência na Escola Paulista de Medicina UNIFESP e especialista pela ABP (Associação Brasileira de Psiquiatria), nos explicou que a superdotação costuma ser identificada após um período conflituoso, em que seus dons e capacidades ainda passam despercebidos.

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“Até chegar a este diagnóstico, a criança já passou por um processo de estranhamento com seus colegas, pois eles percebem rápido que há algo de diferente nela. Da mesma forma, a própria criança chega a se sentir completamente deslocada em diversas situações”, diz a psiquiatra.

Como diagnosticar a superdotação?

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Normalmente, são os pais que primeiro detectam uma certa precocidade na criança. Alguns sinais que costumam chamar a atenção: curiosidade incomum para a idade, comentários bastante lógicos e interesses muito peculiares. Mas, ao contrário do que muitos pensam, as altas habilidades não são identificadas apenas por meio de um QI elevado.

“Se nos limitarmos a qualificar como superdotadas as crianças com QI igual ou superior a 130, identificaremos uma proporção muito baixa. Nem todas as crianças respondem bem a esses tipos de testes estruturados”. Segundo Danielle, é preciso realizar uma avaliação neuropsicológica e levantar uma série de aspectos e variáveis, como informação familiar (é preciso saber como foi o desenvolvimento da criança), informação escolar (não são avaliadas apenas as notas. O comportamento da criança em sala de aula também deve ser observado).

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“Uma das etapas mais importantes é a entrevista com a própria criança, com o objetivo de coletar o máximo de informações que possam ajudar na análise de sua personalidade, suas características, seu temperamento, suas habilidades, seus interesses, entre outros pontos que serão fundamentais no auxílio do diagnóstico”, relata Danielle Admoni.

Além dos já citados, os sinais que devem ser observados são:

  • Aprende a ler cedo e com muita facilidade
  • Gosta de conversar com pessoas mais velhas
  • Faz perguntas muito reflexivas e existenciais
  • Emite opiniões rapidamente
  • Preocupa-se com questões sociais
  • Não gosta de tarefas rotineiras e fica entediado facilmente
  • Muda de interesse por atividades rapidamente e com frequência
  • Parece um radar: está sempre atento a tudo que o rodeia, principalmente ao que as pessoas estão fazendo e falando

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