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5 grandes mestres dão suas mensagens

Apure os ouvidos e abra o coração. Você será agraciado com a sabedoria vinda diretamente da fonte. A pedido da Bons Fluidos, cinco importantes nomes do universo da espiritualidade compartilham o que sentem e pensam ser o maior aprendizado para a humanidade. Alimente-se desses preciosos e sensíveis extratos repletos de amor e, como o navegador atento aos bons ventos, reoriente sua jornada pessoal

Cinco importantes nomes do universo da espiritualidade compartilham o que sentem e pensam – Shutterstock

Sri Prem Baba
Psicólogo
brasileiro e mestre da antiga linhagem Sachcha (verdade irrefutável, em
sânscrito), da Índia. Fundador do Sachcha Mission Ashram, no interior de São
Paulo.

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“Vivemos um momento de profundas e significativas
transformações. Está havendo uma mudança das coordenadas que sustentam a
consciência do planeta, o que permite o acesso a dimensões do Ser até então
inacessíveis. Isso gera sensação de aceleração. Muitos carmas podem ser dissolvidos, porém esse processo também tende a
provocar tumulto interno. O acesso a conteúdos desconhecidos pode causar
ansiedade, depressão ou estagnação. As crises econômica,climática e de
sustentabilidade são reflexos dessa mudança de eixo interna. Tenho chamado esse
fenômeno de parivartan, palavra em sânscrito para essa grande transformação
planetária. Trata-se de um movimento de transição da consciência: do medo à
confiança, do ódio ao amor, do estado de separação para a união, ou, ainda, do
egoísmo para o altruísmo. Toda mudança envolve três fases: término, zona neutra
(espera) e recomeço. O término se assemelha à morte. É a destruição daquilo que
precisa ir embora, e isso significa a queda das paredes da nossa prisão. Mas, estando
identificados com o que precisa ir embora, sofremos o terror do aniquilamento.
O autoconhecimento é o antídoto para esse sofrimento, pois o que atrasa a
transição são os sentimentos negados, sobretudo, mágoas e ressentimentos. Como
sei que não basta dizer largue o passado, o que sugiro para o ano de 2013 é:
revise sua vida. Identifique as contas abertas com sua família, renuncie aos
pactos de vingança. Abra-se ao amor através da ativação dos seus dons.
Coloque-se a serviço.” 

Roberto Otsu
Referência no estudo do I Ching, professor
de taoísmo e autor de A Sabedoria da Natureza e
O Caminho Sábio
– Tao Te Ching (Ágora).

“Escrever ‘dizeres de grande relevância para a
humanidade’ é tarefa de muita responsabilidade. Por isso, consultei o I Ching, milenar livro da sabedoria
chinesa, para receber desse ‘mestre’
uma inspiração. O I
Ching apresentou
o texto 59 (A
Dissolução), que
fala do vento que sopra sobre o gelo ao término do inverno. O gelo é o símbolo
da frieza e do egoísmo, que enrijecem a mente e o coração e separam as pessoas.
O vento é a ação dos céus que derrete os blocos de gelo e faz com que a água
flua e se uma na base. A reflexão do I Ching para
2013, portanto, é que devemos cultivar o sopro que vem do alto para que a
existência na Terra seja cheia de vida e união. Essa imagem é arquetípica. Em
chinês, a palavra chi está associada ao vento, sopro, energia vital e espírito. Em grego, a
palavra para vento é anemo, de onde vem anima, que significa alma. Em latim, o
radical de vento ou sopro é spir. Do termo spir derivam palavras como espírito,
respiração e inspiração. Tudo isso indica que o vento é aquilo que vem dos
céus, do alto, da divindade, assim como a alma e o espírito. Quando cultivamos
os valores mais elevados dessa parte da nossa existência que nasceu do sopro
divino, então compreendemos a unicidade e a sacralidade de todas as coisas.
Dessa forma, desenvolvemos compaixão e reverência naturais e recebemos
inspiração para dissolver o egoísmo, a cobiça, a rigidez e a frieza que isolam os seres humanos. Em
suma, o I Ching traz a reflexão de que, se
nos permitirmos ser insuflados pelos bons ventos da interioridade, com certeza
teremos uma vida inspirada no ano de 2013. E sempre.”

Ian Mecler
Mestre do Portal da Cabala e autor dos livros A
Cabala e A Arte de Ser
Feliz e O Poder de Realização da
Cabala (Record).

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“Não se trata de uma questão de previsão ou de vidência,
mas sim de um fato: estamos diante de um mundo novo. Os que apresentam
sensibilidade aflorada são unânimes em afirmar que há algo inédito ocorrendo. O
momento reflete um processo de aceleração, que se acentuará mais ainda em 2013.
Causa e efeito estarão mais próximos do que nunca, de forma que tudo aquilo que
o homem plantar será colhido quase instantaneamente. É como a véspera de um
parto. Utilizando-me de um estudo profundo da astrologia e do calendário
cabalístico, aponto o ano seguinte, 2014, como palco de eventos raros e de
grandes proporções. No caminho do aprendizado sobre o desapego, a natureza está preparando
surpresas nada agradáveis, mas que são, em essência, efeitos de causas
plantadas pelo homem por séculos. Toda essa intensidade não é obra do acaso.
Por trás do aparente, podemos enxergar um chamado para o brotar de uma nova consciência humana, que
alcançará níveis como jamais vistos antes. O ser humano, em geral, sempre viveu
adormecido. Seres despertos, como Jesus, Moisés, Buda, Yogananda, que acordaram
do sono profundo, foram muito poucos em nossa história. Mas esse despertar estará agora
disponível a milhares de pessoas que trilham o caminho do autoaperfeiçoamento e
da verdade. Seguindo os princípios da cabala, o melhor que podemos fazer a
partir de agora é estar mais conscientes, procurar levar algo de bom ao nosso
semelhante e viver o momento presente com a percepção de que ele é tudo o que
temos.”

Ken O’Donnell
O australiano
Ken O’Donnell é coordenador da Brahma Kumaris na América do Sul, consultor
internacional nas áreas de qualidade e desenvolvimento organizacional holístico
e professor de meditação.

“Todos os anos prometemos a nós mesmos que iremos
melhorar nossos pensamentos e comportamento. Fixamos metas, fazemos planos e
solenemente determinamos nossas resoluções. De fato, existe a crença de que é
preciso traçar planos e metas para nossa vida. Talvez ela seja demasiado exagerada. A melhor coisa que
podemos fazer por nós mesmos, a fim de quebrar os padrões destrutivos do
passado, é descobrir e aprender a expressar nossas qualidades inatas. Só temos
que criar uma imagem positiva para que agora possamos ser o ‘eu’ que deveríamos
ser, mesmo que por alguns poucos momentos. Somos seres espirituais que dão vida
ao corpo e às atividades desempenhadas através dele. Nossa mais importante
tarefa é nos conectar com os atributos inatos: paz, amor, felicidade, verdade e
pureza. Não temos que buscá-los nos outros. Uma vez que já existem, apenas
temos que aprender a expressá-los. Não há manual passo a passo para construir
uma vida melhor. Somente algumas regras básicas, como levantar cedo e meditar antes de
começar o dia, uma vez que os primeiros pensamentos são a base sobre a qual
construímos nossas atividades; lembrar-se da conexão com Deus, que é o ativador
das nossas qualidades inatas; não alimentar expectativas sobre os outros,
permitindo que eles sejam como são; e, por fim, não se punir por causa dos
próprios erros. Mais importante e frutífero é entendê-los e, a cada dia,
renovar intimamente o compromisso de ser uma pessoa melhor.”

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Susan Andrews
Americana radicada no Brasil, Susan Andrews é psicóloga e
antropóloga pela Universidade Harvard (Estados Unidos), doutora em psicologia
transpessoal e fundadora do Instituto Visão Futuro, comunidade autossustentável
no interior paulista.

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“Recentes estudos científicos sugerem que devaneamos em
excesso. Passamos um terço de nossa vida na Terra rodopiando em fantasias. E
sobre o quê? Algumas pesquisas mostram que parte significativa da nossa vida
interior é de natureza negativa: ‘Eu não sou tão bom assim, isso não vai
funcionar para mim. Mas a ciência também está nos mostrando que a felicidade
não é apenas um estado temporário nem representa a satisfação geral com a vida.
É, sim, uma competência que pode ser aprendida. Como o neurocientista Richard
Davidson, da Universidade de Wisconsin, nos Estados Unidos, enfatiza: ‘A
felicidade é uma habilidade, assim como tocar violino ou jogar basquete. Quanto
mais você praticar, melhor vai ficar’.

E como praticar felicidade? Surpreendentemente, isso
começa de forma bem simples. Com a respiração. É importante inserir pausas na
rotina para simplesmente SER – respirando profundamente e nos sintonizando com
a fonte espiritual que habita nosso interior. O pai da psicologia ocidental,
William James, disse anos atrás: ‘Ao mudarmos as atitudes internas da nossa
mente, podemos mudar a expressão externa de nossa vida’. Vamos, então, neste
novo ano, transformar os sonhos de nossa mente em brilhantes fontes de energia
positiva e, dessa maneira, fazer transbordar nosso arco-íris interior. Todos
almejamos um mundo de benevolência compassiva, comunidades harmoniosas,
ecossistemas saudáveis, governança justa e prosperidade para todos. E isso começa
dentro de nós.”

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