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Oscar Quiroga – Claus Lehmann

No dia 20 de março, às 7h29 (horário de Brasília), na língua astrológica, o Sol ingressa no signo de Áries e, na língua astronômica, acontece o equinócio de outono no Hemisfério Sul e de primavera no Norte. 

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Os dois eventos são equivalentes, só muda o fraseado e os significados que se desprendem do que acontece, pois, enquanto para a astronomia o equinócio define acontecimentos climáticos, para a astrologia se renova a viagem que a consciência faz através de todas as experiências disponíveis, inscritas nos 12 signos do Zodíaco, em nome da evolução e ampliação do entendimento sobre como o mistério da vida funciona. 
É no ingresso do Sol no primeiro signo, Áries, que começa o ano novo astrológico. É também aí que muda a regência do ano, fato que precisamos entender um pouco melhor para evitar má interpretação. Segundo a cabalística, ramo da astrologia que estuda essa regência, 2017 estará sob a influência do colossal planeta Saturno. Pronto! É só falar esse nome que a maioria das pessoas estremece, como se o planeta dos anéis fosse um juiz severo com a única função de limitar e castigar. 
É necessário se reconciliar com esse belo e importante planeta, cujo significado vai muito além e pode oferecer estrutura, energia e suporte para as realizações humanas. Na verdade, quem costuma ter problemas com Saturno são as pessoas preguiçosas, que ficam esperando que o céu solucione os problemas que elas (não) enfrentam. Os demais, isto é, aqueles que se empenham em fazer valer seus sonhos e se atrevem a tentar realizá-los, sempre encontrarão em Saturno um grande aliado. 
Apesar da importância de Saturno, gostaria, no entanto, de frisar que nada é mais crucial para o cotidiano, leitor, do que usar seu próprio discernimento para questionar a regência de cada ano. A astrologia cabalística foi formulada quando ainda não tinham sido descobertos Urano, Netuno e Plutão e, por isso, nunca se fala desses planetas como regentes em potencial – décadas atrás, aliás, se afirmava que isso nem poderia acontecer, já que os significados desses novos planetas seriam avançados demais para as pessoas conseguirem fazer uso em seus empreendimentos.
Porém, isso mudou. Urano, que é a capacidade de as pessoas se organizarem grupalmente, já é um espírito bastante comum e utilizado. Netuno, símbolo do idealismo, poderia indicar anos de fervor idealista. E mesmo Plutão, que tem em 2017 um campo de atuação bastante vasto, até poderia ser indicado como o verdadeiro regente do ano (no qual é propício fazermos uso da força de vontade para avançar em nossos projetos). 
Várias influências se somam, portanto. E, justamente por isso, não entrego a potencialidade de um ano a um único regente. Veja o conjunto dos dados você também. Um exemplo: o ano passado, teoricamente regido por Júpiter, foi anunciado como um ano de prosperidade e expansão. Você viu isso acontecer? Eu tampouco!