Quem foram os Papas Leão que vieram antes de Robert Prevost e quais foram seus feitos?

Robert Francis Prevost escolheu, para marcar seu papado, o nome Leão XIV. Ou seja, diferente de Francisco, houve alguns antes dele e isso significa que ele pode continuar o legado dos papas Leão que lhe antecederam. Descubra um pouco sobre o feito de todos eles:
O primeiro Papa Leão – e 45º da História – assumiu no ano de 440 e morreu em 461. Foi responsável por inspirar o concílio ecumênico de calcedônia e deixar quase 100 sermões e 150 cartas, aproximadamente. Nesses, demonstrava ser teólogo e zeloso com a comunhão com outras instituições, além de ter mantido a justiça e oferecido clemência.
Já São Leão II (682-683) foi responsável por aprovar os documentos do VI Concílio Ecumênico (III Concílio de Constantinopla), que condenava a heresia do monotelismo, assim como o Papa Honório. Ademais, ainda escreveu sobre o mesmo: “em vez de purificar a Igreja Apostólica, ele permitiu que o imaculado fosse maculado por uma traição profana”.
Marcado como o 96º papa da Igreja Católica, Leão III veio de uma família modesta italiana e acabou envolvido na vida religiosa desde muito cedo. Quando jovem, era responsável pelas roupas e os objetos preciosos da Basílica de Latrão, o que permitiu com que circulasse por ambientes importantes e conhecesse as pessoas do alto clero. Quando pontífice, condenou o adocionismo, ou seja, a crença de que Jesus de Nazaré tenha nascido humano e se tornado filho de Deus apenas após o batismo.
Até atingir o pontificado, Leão IV fez um pouco de tudo, por exemplo, foi pastor, diplomata e estrategista. “Seu lema era a defesa contra os sarracenos, no mar, na terra, mas também diante de incêndios, terremotos, debilidade do clero e dissídios com o imperador”, segundo o Vatican News.
Segundo registros dos anos 900, o tempo na cadeira mais importante da Igreja Católica foi curto, dois meses. Isso porque um dos partidos das facções de Roma não ficou satisfeito com a escolha, tumultuando as ruas, o prendendo. Sua morte é um mistério até hoje.
A escolha deste foi feita durante um período de anarquia, e a responsável por colocá-lo como importante na Igreja foi a senatrix Marozia. A mesma mandou matar seu predecessor, João X. Apesar de um tempo breve, sete meses, deu diversas ordens importantes a arcebispos, como João de Salona e Nona, e proibiu os castrati de se unirem em matrimônio.
Dizem que este era monge beneditino e que foi aprisionado pelo Duque Alberico II de Espoleto. Ainda incentivou a reforma do clero alemão e proibiu que o Arcebispo Frederico de Mainz forçasse a conversão dos judeus ao cristianismo. Porém, liberou a expulsão de todos que não acatassem o cristianismo.
Leão VIII só surgiu em 963, pois o imperador Oto I assim o quis, já que João XII se revoltou contra ele, colocando-o no lugar. Este, por sua vez, foi antipapa, já que o outro ainda estava vivo. Apesar das esperanças do monarca, Leão não concordou com suas decisões e acabou deposto, fazendo com que João reassumisse o papado.
“Natural da Alsácia, uma região muito disputada entre França e a Alemanha, Leão IX, no civil Bruno de Dagsbourg, foi a Roma após anos de episcopado em Toul. Tornando-se Papa, combateu a simonia e excomungou Miguel I Cerulário, que desencadeou o grande Cisma do Oriente”, como conta o site oficial do Vaticano.
O tempo de Leão X foi polêmico, já que era membro da família Medici e fez despesas gigantescas para sustentar a pompa da corte e financiar certas obras, como a reconstrução da Basílica de São Pedro. Para isso, passou a realizar a venda de indulgências. Depois de um tempo, ainda conseguiu anexar Parma e Piacenza aos Estados Papais, mas abalou a autoridade da Igreja de Roma, levando ao início de uma das maiores rupturas da história cristã.
Este também era um Medici, mas menos controverso, já que ficou no poder por apenas um mês. Na verdade, menos que isso, 26 dias, então acabou não conseguindo concluir muitos feitos.
Leão XII, quando foi eleito, estava com sérios problemas de saúde e, segundo registros, passou seu tempo no Vaticano sentindo bastante dor. Profundamente conservador, aplicou inúmeras leis problemáticas, entre elas, a proibição dos judeus à posse de propriedades. Dessa forma, se tornou impopular e visto com descontentamento pelos Estados papais.
Por fim, o último Papa Leão, até este dia 8 de maio de 2025, havia sido o 13º. Distinto do último, para os historiadores, este foi inovador para sua época. Tentou conciliar a tradição da Igreja com o mundo moderno e ficou marcado pela encíclica Rerum Novarum e pela abertura ao diálogo com a sociedade.