Terça-feira é regida por Ogum; conheça a oração poderosa

Considerado um dos primeiros Orixás a surgir na criação do mundo, Ogum é o regente da força e da batalha. Personifica a força desbravadora, a justiça e a superação de obstáculos

Ogum
Ogum – freepik

Terça-feira é dia de reverenciar Ogum, uma das entidades mais centrais e reverenciadas nas religiões de matriz africana, como a Umbanda e o Candomblé. Conhecido como o Orixá do ferro, da guerra, da tecnologia e dos caminhos, Ogum personifica a força desbravadora, a justiça e a superação de obstáculos.

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Na mitologia Yorubá, ele é o desbravador que, com seu facão (alfange) e sua determinação, abriu as matas e construiu as primeiras estradas. Assim possibilitou a comunicação e o progresso. Portanto, ele é o arquétipo do trabalhador incansável, do guerreiro que luta por aquilo que acredita.

Suas características mais marcantes são: bravuracaráter resoluto e disciplina. É um Orixá que não tolera a covardia ou a injustiça. Embora associado à guerra, sua força não é destrutiva por si só; ela é utilizada para abrir caminhos, para proteger e para estabelecer a ordem. A guerra de Ogum é muitas vezes simbólica, representando a luta contra as adversidades da vida, as injustiças sociais e os entraves pessoais.

Ogum:  Símbolo da força

Na Umbanda, ele um dos Sete Orixás Maiores. Quando precisam de coragem para enfrentar desafios, para abrir caminhos estagnados, para obter proteção e para garantir a vitória em batalhas, sejam elas físicas ou espirituais, é a ele que procuram. “É nosso protetor na guerra do dia-a-dia para defender o pão, nos guardar das violências e dos ataques”, explica Pai Ricardo, da Casa Pai Jacob do Oriente, ao site Brasil de Fato. Além disso, sua saudação, “Ogunhê!”, é um grito de reconhecimento à sua força e poder.

Suas cores são azul-marinho e o vermelho. Seu metal é o ferro e sua ferramenta, a espada. Entre suas principais oferendas estão a feijoada e o Inhame. Filhos de Ogum têm como características a impulsividade, força e coragem.

Por fim, no Catolicismo, Ogum é associado a São Jorge. A princípio, essa ligação se deu no Brasil, durante a escravidão. Dessa forma, os escravizados conseguiam manter suas tradições identificando Orixás com santos católicos.

Oração

Muitos devotos buscam a conexão  por meio de preces, pedindo sua intercessão e proteção. Uma das orações populares é:

“Senhor Ogum, meu Pai, Orixá da lei e da ordem, que a vossa espada corte as demandas e a vossa lança desfaça as injustiças. Abri meus caminhos, livrai-me dos inimigos, visíveis e invisíveis. Que vossa força esteja sempre comigo, protegendo-me de todo mal e me dando coragem para vencer. Ogunhê, meu Pai Ogum!”

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Editora-chefe das marcas Bons Fluidos, SportBuzz e Perfil Brasil. Acredita na Lei do Retorno e na (lenta) evolução do ser humano para um mundo melhor.