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O Trovão e o Vento – Um caminho de evolução pelo xamanismo tupi-guarani – iStock

Por
12 anos, Kaká Werá, índio tapuia, escritor, empreendedor social, educador e
psicoterapeuta, pesquisou a fundo a sabedoria ancestral tupi-guarani. Graças a
ele, esse conhecimento chega até nós como uma bússola para as questões da alma.
Seu mais novo livro, O Trovão e o Vento – Um caminho de evolução pelo
xamanismo tupi-guarani (Polar Editora, 252 pág, R$ 68), elucida a história
e a mitologia desse povo, reúne cânticos sagrados que ajudam a lidar com os
desafios da existência e mostra como os ensinamentos de Tupã (Grande Espírito
ou Consciência Infinita) fertilizam uma senda de autoconhecimento. Saiba mais a
seguir:

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No
que consiste o Caminho do Homem Sagrado?

Trata-se
de um método de aprimoramento pessoal em que a natureza e suas forças apoiam o
ser humano em seu alinhamento, despertar e integração da consciência a partir
de músicas, meditações e sons apropriados. Para isso, “há que se conhecer o
Trovão e o Vento”, diziam os antigos mestres.

O
que isso quer dizer? 

O
Trovão representa o despertar da força interior como também a impulsividade dos
sentimentos; o Vento, o despertar da suavidade interior como também a dinâmica
dos pensamentos.  O grande desafio do ser humano sempre foi equilibrar
sentimentos e pensamentos, o que exige muita auto-observação e o
desenvolvimento de técnicas apropriadas, como, por exemplo, a meditação. Quando
prestamos atenção a esses dois aspectos e cuidamos deles, geramos paz interior
e poder criativo.

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Qualquer
pessoa pode trilhar essa via?

Sim.
Para isso, o primeiro passo é considerar que somos espírito e não matéria. A
matéria é o molde da vida que é espírito. O segundo é perceber que o espírito é
sinônimo de Amor. E o terceiro é reconhecer que todos os reinos – mineral,
vegetal, animal e humano – se organizam enquanto formas de vida a partir desse
princípio compassivo.

Que
aspecto da tradição tupi-guarani mais tem a ensinar a todos nós?

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A
reconciliação com a natureza pelo reconhecimento de que ela é uma extensão da
nossa própria alma. O livro reúne diversos
cânticos sagrados com esse sentido. (Segue um trecho do cântico intitulado
Tupã: “Eu sou aquele que se expressa através do vento e da brisa, do silêncio e
do som, das águas dos rios e dos raios do trovão. Eu sou a mente perfeita,
criativa e curadora que traz a luz da qual a matéria é forjada.”)

Contato: kakawera.blogspot.com.br

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