Cinco conselhos de avó que a ciência confirma: o que faz bem para os pequenos?

Alguns conselhos de avó resistem ao tempo e, hoje, a ciência comprova que muitos deles realmente trazem benefícios para a saúde, especialmente dos bebês e crianças. A pediatra e neonatologista, Dra. Juliana Alves, explica o que é verdade e o que é mito nesse universo de tradições familiares.
Esperar para dar o primeiro banho no recém-nascido é, de fato, benéfico. “A prática, primeiramente, ajuda a reduzir complicações locais e faz com que o coto umbilical caia mais rapidamente”, explica a especialista. Além disso, manter a pele sem banhos imediatos favorece a formação de uma barreira cutânea mais saudável, diminuindo o risco de dermatites.
Outro conselho de avó com respaldo científico é o chá de casca de cebola. “Ele contém propriedades anti-inflamatórias que podem auxiliar na recuperação de gripes e resfriados, ajudando a aliviar os sintomas de forma natural”, afirma.
Mergulhar na piscina ou no mar logo após as refeições pode, sim, causar mal-estar. “Durante a digestão, o fluxo sanguíneo é redirecionado para o sistema digestivo. A prática de atividades intensas nesse momento pode gerar desconfortos e aumentar o risco de acidentes”, alerta a médica.
Nos dias secos, uma simples bacia com água no quarto pode melhorar a qualidade do ar, umedecendo o ambiente e prevenindo o ressecamento das vias respiratórias, algo especialmente importante para crianças.
Outro ponto que gera dúvidas é o consumo de leite junto às refeições principais. “O leite de vaca pode reduzir a absorção de ferro dos alimentos, o que não é recomendado. Já a combinação leite com manga, ao contrário do que muitos dizem, é segura e pode ser feita sem problemas”, esclarece a pediatra.
Dessa forma, muitos saberes passados entre gerações se mostram ainda mais valiosos quando vistos à luz da ciência moderna. “Integrar o conhecimento tradicional com a prática baseada em evidências, por fim, fortalece o cuidado com a saúde infantil de forma mais completa e respeitosa”, conclui.
*Texto de Michelly Souza, da Update Comunicação Inteligente