Março: mês mundial de conscientização sobre a Endometriose
A endometriose, quando não diagnosticada, compromete tratamento de fertilidade; confira recomendações feitas por um ginecologista
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Março é o mês de conscientização sobre a endometriose, uma das principais causas de infertilidade feminina. Quando a endometriose não é diagnosticada, as mulheres têm dificuldade em engravidar sem ajuda da técnica de Fertilização In Vitro.
“A endometriose é uma doença inflamatória que ocorre quando as células do endométrio, o tecido que reveste a parede interna do útero, em vez de serem eliminadas durante a menstruação, movimentam-se no sentido oposto, caindo no interior do abdômen; ela se relaciona com a fertilidade, porque essas células se espalham pelo aparelho reprodutivo, dificultando desde a fertilização do óvulo até a implantação do embrião”, explica o Dr. Fernando Prado, ginecologista.
Março: mês mundial de conscientização sobre a Endometriose
“E mesmo aquelas que fazem tratamento de fertilidade, quando a endometriose não foi diagnosticada até o início do tratamento, isso resultou em mais ciclos de tentativas e mais dificuldade para ter um bebê”, acrescenta o especialista. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), uma em cada 10 mulheres sofre com o problema.
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O Dr. Fernando explica que a doença não possui uma causa definida, mas está ligada a fatores genéticos e imunológicos e entre os principais sintomas está a dor pélvica intensa, que pode ser confundida com cólicas menstruais. Em muitos casos, as mulheres podem esperar entre 4 e 11 anos antes de serem diagnosticadas com endometriose, e o diagnóstico tardio reduz as chances de sucesso dos tratamentos de fertilidade.
“Por outro lado, mulheres diagnosticadas com endometriose antes do tratamento de fertilidade tiveram os mesmos resultados que aquelas sem a doença. Indicado para vencer a fertilidade em casos como esse, o processo de fertilização in vitro consiste na coleta dos óvulos após indução medicamentosa da ovulação para que sejam fecundados em laboratório e, em seguida, implantados de volta no útero”, acrescenta.
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O ginecologista destaca que é fundamental permanecer altamente vigilante sobre a possibilidade de endometriose entre as mulheres que estão pensando em tratamento de fertilidade, especialmente na presença de dor pélvica grave. Felizmente, a endometriose tem tratamento, que geralmente inclui, além da pílula anticoncepcional, analgésicos, anti-inflamatórios e intervenção cirúrgica.
O tratamento da endometriose nem sempre é definitivo, atuando apenas no alívio dos sintomas e controle dos focos da doença e os sintomas e a dificuldade de engravidar podem retornar.
“Para essa paciente que deseja engravidar e sofre com a doença, o melhor é consultar um médico especialista em reprodução humana, que poderá indicar o melhor tratamento para cada caso de acordo com fatores como idade, histórico de saúde e qualidade dos óvulos”, finaliza.
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