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Árvore – Shutterstock

Eu sou de todo mundo e todo mundo me
quer bem. Eu sou de ninguém. Eu sou de todo mundo e todo mundo é meu também.” A
canção dos Tribalistas, composta por Marisa Monte, Carlinhos Brown e Arnaldo
Antunes, toca a alma 
da praça.
Imparcial e aberta. Acolhedora como a natureza, ela aceita quem quiser entrar.
Área livre para dar um tempo, enquanto o verde faz sua parte em prol de nosso
estar bem. Esqueceu como é? Então talvez seja a hora de calçar um par de
sapatos confortáveis e voltar para lá.

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Experimente

O sabor de nostalgia é comum aos frequentadores
das praças. Mesmo quem não viveu esses tempos pode guardar em algum canto a
memória coletiva do coreto e do footing – passeio comum do fim de tarde, quando
as moças iam em uma direção e os moços na outra só para cruzarem os olhares.
Falar de praça também é ficar com água na boca ao se lembrar da pipoca, que acabou de estourar, ou do
algodão-doce, que derrete macio. Ou ainda o pé de pitanga, de jabuticaba, de
amora, que deixa o ar e o chão coloridos. A sensação de colher as frutas no pé
só se equipara ao sabor da diversidade.
Tem gente para quem praça tem um gosto doce e salgado. Isolamento do barulho da cidade, mas também o encontro com
pessoas diferentes. É um pouco de tudo.

Conviva

Por definição, este espaço público
urbano deve ser livre de edificações e propiciar a convivência e a recreação.
Embora ninguém esteja com isso em mente, sempre que surge a oportunidade a
conversa flui gostosa. O motivo pode ser o sol ou não, a aula de tai chi chuan,
o chazinho para a cólica do bebê. A socialização, de qualquer forma, acaba
zelando pelo espaço. Praças abandonadas vão sendo revitalizadas. Árvores
maltratadas podem ser amparadas.

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Contemple

Se você pensa em um banco toda vez que
alguém fala em praça, é porque já provou a sensação de ficar sentado ali sem
ter que dar satisfação para ninguém. Só olhando o jardim e deixando o verde
fazer sua parte. Há quem diga que as praças são templos a céu aberto.
Concentram uma energia que acalma e convida os solitários a permanecerem em
silêncio. Bom espaço sempre que sempre que se precisa colocar os pensamentos e
as emoções no lugar. Banco, árvores frondosas e um momento de sossego. Precisa
mais? A praça remove o estresse.

Conheça

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A história de Rosely Brancaglione já
ficou famosa. Um dia, passeando
por uma praça próxima a sua casa, na Vila Madalena, em São Paulo, ela ficou
chateada por não saber o nome de quase nenhuma árvore. Entrou em contato com o Departamento de Botânica da Universidade de São Paulo e o
especialista José Ruben Pirani a ajudou a fazer a identificação das espécies.
Daí surgiu o projeto que emplacou cuidadosamente as árvores. Graças a ela, quem
passa pela pracinha sabe o que é uma sibipiruna, uma casuarina, um pé de jambo…

Comprometa-se

Uma praça pode revitalizar a cidade. Mas o que pode revitalizar a praça?
Um teatro. Era o que sentia Ivam Cabral quando escolheu a praça Roosevelt, no
centro de São Paulo, para instalar a Cia. Os Satyros. “Quando chegamos, em
2000, o lugar era dominado pelo tráfico e pela prostituição. Mas acreditávamos
no poder de o teatro interferir no entorno e mudar a paisagem”, conta. A
história da praça violenta vai
mudando. Agora está mais para praça da criação.

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