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Filho de mãe analfabeta, ex-catador de recicláveis passa em 1º lugar na prova da OAB

“Meu maior alicerce foi a minha mãe. Analfabeta e nunca foi para a escola, mas sempre me deu apoio”; disse advogado que alcançou a nota máxima na prova da OAB

Filho de mãe analfabeta, ex-catador de recicláveis passa em 1º lugar na prova da OAB
Filho de mãe analfabeta, ex-catador de recicláveis passa em 1º lugar na prova da OAB – Reprodução/TV Globo

Superação! Walter Marinho dos Reis, de 34 anos, acabou de realizar um sonho: se tornar advogado! Filho de mãe analfabeta, ele foi homenageado ao ter a nota máxima na prova da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil). Ele já trabalhou como catador de recicláveis, vigilante e sargento do Exército. Agora advogado, Walter disse que o maior alicerce foi sua mãe. As informações são do G1.

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Ex-catador de recicláveis passa em 1º lugar na prova da OAB

“Já tinha sido catador de recicláveis, dono de bar, vigilante, sargento do Exército. Sempre procurando o melhor para mim e sempre correndo atrás de um objetivo, de algo melhor”, explicou. Durante sua formação básica, ele estudou em escola pública, mas cursou o ensino superior em uma faculdade particular. Ele disse que trabalhou de diversas formas para conseguir pagar as mensalidades e até fez algumas dívidas. Mas o homem nunca desistiu.

Walter falou, com orgulho, que sua maior inspiração é sua mãe. Apesar de ser analfabeta, ensinou ao filho que a importância do estudo. Nos 5 anos de direito, o advogado estudou em uma mesa improvisada no canto da sala da casa da família. Sua esperança vinha de sua mãe.

“Meu maior alicerce foi a minha mãe. Analfabeta e nunca foi para a escola, mas sempre me deu apoio”. A mãe, Severina de Souza Marinho é de Surubim, no Agreste pernambucano. Se mudou para Recife em 1988 para buscar uma vida melhor para sua família. Dona Severina criou os cinco filhos com o sustento que tirava do trabalho na roça e como empregada doméstica. Walter é o único irmão que chegou a terminar a graduação.

Também ao G1, a mãe contou que incentivava o filho a estudar. Segundo ela, quem não estuda é uma pessoa cega. “Dizia ‘quando chegar em casa, você tem que estudar, porque se você não estudar que nem eu, você não vai ser alguém na vida’. Quem não estuda é uma pessoa ‘cega”.

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Por tirar nota máxima na prova da OAB, Walter foi convidado a ser o orador da turma na sua formatura. Agora, ele quer dedicar aos concursos e atuar como juiz federal. “Quando a gente está determinado a conseguir algo e tem o apoio da família, tudo flui”, completou.