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Malga Di Paula – Cadu Pilotto

Eu já falei em colunas anteriores que sou uma pessoa um pouco ansiosa. Confesso que andei sentindo mais ansiedade ainda ultimamente ao ouvir tantas pessoas falando em “crise” e, principalmente, tantas outras sofrendo por causa do período conturbado de nossa economia. 

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É normal que, mesmo aquelas que não tenham sofrido grandes perdas sintam-se vulneráveis e em estado de risco, mas é imprescindível demandarmos um esforço para mantermos o equilíbrio. Por tudo isso achei oportuno tratar, neste mês, sobre a maneira como tenho vivenciado este momento.
Primeiramente prestei atenção aos sintomas físicos que meu corpo estava apresentando: sensação de sufocamento e falta de ar, agonia, insônia, palpitações, fadiga e sensação de impotência. Pela minha formação em fisioterapia, entendi que isso tudo estava associado ao meu alto nível de ansiedade, mas, mesmo assim, consultei um médico para descartar qualquer outro diagnóstico. 
Consciente de que a minha estabilidade emocional depende das minhas atitudes e comportamento, tenho buscado caminhos que estão contribuindo não apenas para diminuir o estresse ou ajudar na adaptação à crise mas também para reagir a tudo isso, fazendo com que eu saia mais fortalecida desta experiência. Como dizia Sêneca, um pensador romano do século 4 a.C., “Nada é tão lamentável e nocivo quanto antecipar as desgraças”.  Então me propus a não antecipar desgraça alguma, muito menos me lamentar. 
Resolvi sentar e fazer uma lista de todos os meus recursos: intelectuais e manuais e também atualizei meu network. Quando eu fiz isso, percebi quantas coisas sei fazer – desde crochê até dominar idiomas – e me dei conta de que tinha muitas pessoas com quem poderia falar caso eu precisasse. Isso parece um exercício simples, mas me deu empoderamento (experimente fazer essa lista você também) ao perceber que tudo o que eu aprendi ao longo da vida pode ser útil em circunstâncias diversas.
Incrivelmente, enquanto fazia minha lista, detectei uma carência no mercado de coisas que sei fazer bem e vi ali uma grande oportunidade de negócio. Logo contatei alguns conhecidos para me certificar de que eu poderia contar com seu apoio, caso desse andamento à minha ideia. 
Durante todo esse processo me mantive otimista, exercício profundo para externar o meu desejo de coisas boas e prósperas, mesmo quando o mundo à minha volta parecia estar conspirando ao contrário. É importante perceber que as voltas do nosso mundo somos nós mesmos que criamos, já que, na maioria das vezes, temos a liberdade de escolher onde e com quem andar. O resultado disso tudo: estou abrindo um negócio novo e promissor, com baixíssimo investimento financeiro e muitas parcerias, mas, o mais importante é que eu estou feliz com a possibilidade de que esse novo negócio ainda por cima ajude a construir um mundo melhor. Menos mimimi e mais fé em si mesmo. É disso que precisamos para enfrentar qualquer intempérie.