O músico Roberto de Carvalho, que passou 47 anos ao lado de Rita Lee, relembrou os últimos momentos da artista em entrevista ao Fantástico
Neste último domingo, 14, foi ao ar uma conversa especial e emocionante com Roberto Carvalho, viúvo da cantora e compositora de sucesso Rita Lee, que faleceu no dia 8 de maio de 2023, aos 75 anos. A entrevista foi conduzida pela jornalista Renata Ceribelli, um dia após o velório da artista, e transmitida pelo Fantástico, da TV Globo.
Dentre pausas para deixar com as lágrimas rolassem, durante a conversa, Roberto de Carvalho falou sobre os últimos momentos da esposa. Juntos há 47 anos, o músico multi-instrumentista confessou que, por mais avançada que sua doença estivesse, um câncer no pulmão em fase de metástase, ela não gostaria que aquele fosse seu fim.
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“Ela queria viver, ela não queria partir. Até o fim, ela nunca quis partir. Eu dizia para ela: ‘Eu queria trocar de lugar com você, porque você tem muito mais coisas para fazer do que eu”, desabafou Roberto de Carvalho. “Nos tornamos cara-metade ou em vida, ou em morte. Eu continuo sendo ela e ela continua sendo eu”, continuou.
Também durante a entrevista, Roberto de Carvalho relembrou o momento do diagnóstico do câncer de pulmão de Rita Lee, em maio de 2021. O tumor descoberto em estágio avançado já estava em fase de metástase. Na época, os médicos deram à cantora de 3 a 4 meses de vida.
Como Roberto mesmo disse, Rita viveu um milagre. Dois anos se passaram desde a descoberta do tumor. Ao contrário, não foi fácil lidar com a doença.
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“Ela encarou o negócio com um estoicismo. Ela fez quimioterapia várias vezes […] Foram momentos muito sofridos. Medo, ansiedade, pavor. Junto com o João, meu filho, nós dois tomamos conta da situação toda. E a gente procurou se informar o máximo possível”, relembrou.
Em nota oficial, a família de Rita Lee compartilhou que a cantora faleceu em seu apartamento na cidade de São Paulo ao lado dos familiares. Ao Fantástico, Roberto de Carvalho deu mais detalhe sobre o momento da partida. Ele chegou, inclusive, a comparar a esposa com uma criança, um passarinho, pela calma durante a despedida.
“Ela perdeu o cabelo, perdeu a capacidade de andar, pensar. Entretanto, os momentos finais dela foram de uma leveza, uma calma, uma doçura. Nós estávamos todos juntos com ela. A gente montou um quarto de hospital e, na última fase, na cama, ela parecia uma criancinha, um passarinho. A respiraçãozinha assim, e foi parando. Ela foi em paz”, finalizou.
