Diagnosticada com câncer de mama em 2016, Jaqueline Chagas criou o Instituto Unidas para Sempre para ajudar mulheres a passar pelo que ela passou
Aos 35 anos, em 2016, Jaqueline Chagas recebeu o diagnóstico de câncer de mama em fase avançada. Quem descobriu o nódulo foi seu marido ao tocar seu seio. Na quinta quimioterapia, precisou ser internada em decorrência de uma infecção generalizada e neutropenia gravíssima. Nessa época, os médicos lhe deram somente de quatro a cinco dias de vida. Porém, contrariando todos os cenários, Jaqueline venceu a doença.
Durante o tratamento, Jaqueline Chagas sofreu muito com a queda dos cabelos. “Cheguei a passar cola para tentar evitar que eles caíssem”, relembrou. Depois do tratamento, com 6 meses, a mulher passou por novas complicações, dessa vez no ovário. “Tive de fazer uma Histerectomia radical, que envolveu a retirada do útero, das trompas e do ovário. Isso me tirou a possibilidade de realizar um grande sonho que tinha: ser mãe”, disse,
“Posso dizer que entendo a dor e o sofrimento de quem recebe o diagnóstico de câncer. Vivi todas as fases, tive alteração no meu peso, vi meus cabelos caírem e precisei retirar meus ovários. Mas da dor, surgiu o sentimento solidário”, relatou Jaqueline.
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E foi na dor que Jaqueline tirou forças para ajudar primordialmente mulheres que vêm passando pelo mesmo diagnóstico de câncer de mama, fundando o Instituto Unidas para Sempre, que acolhe todos que precisam de carinho, atenção e amor. “O câncer acabou com meu sonho de ser mãe, mas o Instituto é o filho que gerei para ajudar quem precisa”, declarou, emocionada.
No início, sua turma era apenas um grupo de apoio no Facebook. Hoje, o Instituto Unidas para Sempre oferece serviços gratuitos e atendimento multidisciplinar, como acompanhamento com nutricionista, psicóloga, dermatologista, mastologista, terapeuta sexual, oncologista e micropigmentação.
Também realizam mensalmente a distribuição de cestas básicas para famílias de pacientes de câncer. O trabalho não conta com a ajuda do governo e é realizado somente com o apoio de parceiros e voluntários. Mesmo tendo poucos recursos, conseguiram doar 4 toneladas de comida em 2022.
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“Da minha dor, fiz minha bandeira, minha missão. Através do Unidas, cuido de todos que chegam até mim como se fossem meus filhos. Eu sou um milagre e faço todos acreditarem que é possível vencer o câncer. Acredito que pessoas são milagres, pessoas que ajudam a aliviar a dor do outro são milagres! Ajude quem precisa e sempre acredite que amanhã será um dia melhor”, finalizou Jaqueline Chagas.
Para entrar em contato com o Instituto Unidas para sempre, acesse https://www.unidasparasempre.com.br/
