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Projeto oferece aulas de culinária para jovens com síndrome de Down

Simone e o marido, o empresário Márcio, fabricante de panelas, começaram com as oficinas de culinária em 2006

Chefs especiais – TOMÁS ARTHUZZI

Matheus, Beatriz, Ana Carolina e Wagner se dedicam, atentos, às tarefas do dia: fatiar pães, temperar berinjelas, misturar as quantidades corretas dos ingredientes da musse de chocolate e das tortas de frutas. Duas horas depois, as bruschettas e as sobremesas estão prontas para a turma se deliciar. Para esses alunos, portadores de síndrome de Down, as aulas de culinária representam conquistas significativas.

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Entre as panelas, os alimentos e os colegas, desenvolvem autoestima, capacidade de sociabilização, coordenação motora e ganham autonomia para cozinhar em suas casas. “Crianças Down estão sobrevivendo aos pais”, diz a advogada Simone Berti, idealizadora do projeto Chefs Especiais. “Nas aulas, aprendem uma atividade cotidiana e percebem que podem fazer até mais do que esperavam delas.”

Simone e o marido, sem familiares com a síndrome, perceberam que não havia muitas iniciativas destinadas a pessoas com Down e decidiram abraçar uma causa em prol desse público. No ano passado, o projeto ganhou uma sede de 500 m2, com duas cozinhas para até 12 alunos, em São Paulo. Continua funcionando à base de doações de fabricantes e de cozinheiros profissionais, que não cobram pelas aulas.

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Para os participantes, tudo é gratuito. Faz parte do projeto a aula batizada de “vivência”. Funciona da seguinte maneira: empresas fecham turmas com seus profissionais que junto com os chefs especiais compartilham momentos descontraídos, cozinhando juntos. “As empresas no Brasil estão percebendo a importância de apoiar instituições sérias e empreendedores sociais, como é o nosso caso”, diz Simone. Melhor do que isso: “Vivenciar com os chefs especiais é rever valores e enxergar o mundo com um novo olhar”.

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