Brasil é o segundo país com mais casos de Burnout e só perde para o Japão

Segundo o Ministério da Previdência Social, cerca de 288.865 brasileiros foram afastados do trabalho por causa de transtorno de saúde mental em 2023

Burnout
Em 2023, mais de 280 mil trabalhadores pediram afastamento por transtornos de saúde mental, como o Burnout

Você sabia que o Brasil está em segundo lugar nos índices de Burnout e só perde para o Japão? Esse dado é da International Stress Management Association (ISMA-BR e Associação Internacional de Controle do Estresse, em tradução literal). Além disso, segundo o Ministério da Previdência Social, cerca de 288.865 brasileiros foram afastados do trabalho por causa de transtorno de saúde mental em 2023.

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Cenário desafiador

Apesar de o tema ser recorrente, dentro do trabalho, ele é mais um tabu. Um estudo da People at Work 2023 mostrou que 43% dos trabalhadores se sentem desamparados e não sentem liberdade em falar sobre sua saúde mental com gestores ou colegas, pois temem os julgamentos e a falta de empatia. E o problema para o psicólogo e professor da USP, Andrés Antúnez, fica ainda mais sensível. “No ambiente profissional, passamos oito horas ou mais convivendo com pessoas que têm histórias e pensamentos diferentes. Isso pode tornar as relações complicadas, gerando tristeza e ansiedade e, às vezes, as pessoas acabam explodindo”, detalha.

Possíveis soluções

Para o profissional, uma das soluções mais evidentes é a terapia“É muito comum as pessoas acharem que procurar ajuda é um sinal de fraqueza, mas eu não vejo assim. Enxergo como um sinal de esperança”, reflete. Ademais, ele acredita que as organizações também podem adotar certas medidas para incentivar a abertura do diálogo. “As empresas podem investir em práticas que promovam a saúde mental, como aulas de meditação, academias e apoio psicológico. Essas iniciativas mostram cuidado com os funcionários e podem melhorar significativamente o ambiente de trabalho”, opina.

Já a gerente de pessoas e cultura da GT7 e Gotcha, Damaris Dias, enxerga a solução no bem-estar dos funcionários. “Esses esforços não apenas ajudam a reduzir o estigma, mas, consequentemente, contribuem para a eficiência e o clima organizacional. Ao abraçar a causa da saúde mental, as empresas não apenas protegem seus colaboradores, mas também investem no sucesso sustentável e no fortalecimento de suas equipes”, conclui.

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