Congelar bichinhos de pelúcia mata os ácaros? Médico explica
Esses animais, presentes em travesseiros, colchões e até nos brinquedos, são responsáveis por desencadear alergias respiratórias

Esses animais, presentes em travesseiros, colchões e até nos brinquedos, são responsáveis por desencadear alergias respiratórias
Os ácaros, pequenos artrópodes da família das aranhas, são os principais responsáveis por desencadear alergias respiratórias. Eles estão presentes em travesseiros, colchões, almofadas e, até mesmo, nos bichos de pelúcia, causando sintomas como espirros, tosses e coriza. Segundo especialistas, uma forma de afastar esse animais e seus malefícios dos pequenos é congelando os brinquedos. Entenda:
Em entrevista ao podcast ‘Bem-Estar’, o médico alergista José Carlos Perini recomendou evitar dar os bichinhos felpudos às crianças com histórico de doenças respiratórias, tais quais rinite ou sinusite. Ele explica que esses brinquedos têm origem em países europeus, onde o clima é predominantemente frio e há menor chance de acumular poeira ou pequenos animais. Já no Brasil, por ser um território tropical e quente, o artrópode encontra um ambiente mais propício para se proliferar.
Mas, no caso daqueles que preferirem manter as pelúcias, o profissional indica congelá-las com o auxílio de um saco plástico. “A ideia veio de uma uma imunologista inglesa, que fez um estudo mostrando que, quando você coloca o brinquedo dentro do freezer por 24 horas a menos 18 graus, essas formas vivas de ácaros desaparecem. Não adianta geladeira não, tem que ser no congelador”, disse.
Outro dica de Perini é retirar os bichos felpudos do quarto. Além disso, ele sugere optar por pelúcias laváveis, que devem higienizadas regularmente e, de preferência com produtos neutros. Também é importante deixá-los secar em um local ventilado e com luz solar.
Para além dos brinquedos, o médico também pede atenção aos colchões e aos travesseiros. Desta forma, segundo o profissional, é necessário protegê-los com capas impermeáveis. Ademais, ele enfatiza que, enquanto o primeiro dura de um a cinco anos, o segundo deve ser trocado a cada dez. José Carlos Perini ainda afirma que, a fim de preservá-los, “o segredo é usar capa e lavar com frequência”. O mesmo vale para as roupas de cama.