Mulher fica paraplégica após complicações de um furúnculo; saiba mais

Furúnculo causa paralisia nas pernas de Jéssica, ex-dançarina de 26 anos; entenda

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Jéssica Avelino, de 26 anos, ficou paraplégica após um furúnculo; entenda sua história e alerta nos cuidados com a saúde – Reprodução/Instagram

A ex-dançarina Jéssica Avelino, de 26 anos, utilizou suas redes sociais para compartilhar uma história chocante: a jovem ficou paraplégica por causa de um furúnculo. Natural de São Mateus, no Espírito Santo, viu sua vida mudar completamente em 2023, quando desenvolveu uma infecção grave após um ferimento simples.

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O que aconteceu?

Em entrevista ao g1ES, Jéssica contou que, inicialmente, uma pequena lesão no braço esquerdo evoluiu para um furúnculo. Tempos depois, o machucado provocou uma infecção na medula espinhal e, como consequência, tirou os movimentos da parte inferior de seu corpo. “No começo, era só um machucadinho. Algumas pessoas até pensaram que fosse picada de aranha. Com o tempo, ficou pior”, lembrou.

Após espremer o furúnculo, Jéssica conta que se sentiu melhor. No entanto, dias depois, dores intensas na lombar surgiram. Após apresentar uma série de sintomas mais graves, como dores no corpo, febre e vômito, a jovem foi para a internação e descobriu uma infecção.

Paralisia nas pernas

Dias após o ocorrido, Jéssica começou a sentir dormência nas pernas, até que não conseguia mais se levantar da cama. “Tentei andar no quarto para ver se passava, mas minhas pernas ficaram trêmulas. Caí e não consegui mais levantar. Não sentia mais nada”, relatou. “Quando eu acordei, o médico disse que eu podia ter uma paralisia cerebral ou até morrer. Fiquei apavorada”.

Foram sete dias de UTI. Depois disso, ela foi transferida para um hospital em Vitória, onde recebeu o diagnóstico definitivo de mielite infecciosa. Trata-se de uma inflamação na medula causada por uma bactéria que, no caso de Jéssica, entrou no corpo pelo furúnculo. 

Luta pela recuperação

Atualmente, a ex-dançarina vive em Curvelo, Minas Gerais, sob os cuidados da mãe, e segue em processo de reabilitação. Apesar das dores e limitações, ela celebra os pequenos progressos. “Logo que aconteceu, eu não sentia nada. Agora, tenho movimentos sutis na perna esquerda, consigo perceber toques, temperatura… Os médicos dizem que posso voltar a andar, porque a medula não foi rompida, mas não é certo”, explicou.

Enquanto se recupera, Jéssica segue firme em sua paixão: dançar. Mesmo paraplégica, já se apresentou em hospitais e criou coreografias adaptadas. “A paralisia não me parou. Eu danço do meu jeito, em cima da cadeira […]. Hoje eu quero viver como se não houvesse amanhã”, disse ela.

Alerta!

Ao relembrar tudo que passou, Jéssica deixa um alerta. “Se eu pudesse dar um conselho, seria esse: diante de qualquer tipo de machucado, procure um médico. É normal querer resolver em casa, mas eu jamais imaginaria que um furúnculo pudesse me deixar assim”, finalizou.

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