Fé x saúde: estudo brasileiro constata a influência da espiritualidade em tratamentos médicos
Embora ciência e religião ainda estejam muito longe de entrar em um acordo, a saúde e espiritualidade estão mais próximos do que se imagina

Embora ciência e religião ainda estejam muito longe de entrar em um acordo, a saúde e espiritualidade estão mais próximos do que se imagina
Um levantamento feito por cientistas brasileiros discutiu a importância e o papel da fé na saúde e bem-estar de um indivíduo e constatou que a espiritualidade pode exercer forte influência positiva nos tratamentos médicos.
A Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo (Socesp) investigou e publicou um documento que reúne estudos que atrelam os efeitos da capacidade de perdoar ou sentir compaixão — atributos incentivados por muitas religiões — no tratamento de diversas doenças.
Um dos estudos avaliados pelos médicos brasileiros foi realizado por cientistas da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos. Eles identificaram uma melhor qualidade de vida em cristãos que frequentavam a igreja. Aqueles que vão ao menos uma vez por semana podem reduzir a mortalidade de 20% a 30% em um período de até quinze anos.
COMO CIÊNCIA E FÉ PODEM ESTAR RELACIONADAS?
Em entrevista à Revista Veja, o médico oncologista pediátrico Sidnei Epelman atribuiu este fenômeno ao comportamento otimista de pessoas espiritualizadas. Acredita-se o estímulo da fé pode desencadear a liberação de hormônios do bem-estar: “Esses pacientes costumam ser mais otimistas e aderir ativamente às terapias”.
O estudo indica que ser uma pessoa espiritualizada pode afastar o risco de desenvolver doenças autoimunes, derrames, infartos e muitos outros problemas de saúde relacionados a influência da saúde mental no corpo.
Práticas religiosas que incentivam a liberação do perdão, da mágoa e de outros sentimentos que desencadeiam efeitos emocionais negativos podem ser a chave para descobrir a relação entre ciência, saúde e fé.